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O Sistema em xeque

Arquivo Geral

07/02/2017 12h00

Atualizada 08/02/2017 12h00

O ex-presidente FHC criou o precedente com Gilmar Mendes. Lula da Silva cravou lá Dias Toffoli. Chegou a vez de Michel Temer ter um ‘chegado’ seu na Corte Suprema. Os dois casos dos seus antecessores na indicação de ministros do Executivo para o STF respaldaram a decisão de Temer na escolha de Alexandre de Moraes, titular da Justiça, para a vaga de Teori Zavascki. O sistema do Brasil segue a linha dos Estados Unidos. Mas Peru e Guatemala, por exemplo, têm um modelo de escolha por conselho de notáveis do Judiciário e de entidades da sociedade, sem passar por decisão política.

Sem suspeição

Os casos de FHC, Lula e agora Temer fortalecem a tese dos que defendem urgência na alteração do sistema de escolha dos membros do Judiciário pelo Executivo.

Notório saber

Para o Judiciário, Moraes não é um extraterrestre. Um livro do constitucionalista é dos mais citados por ministros das Cortes e por advogados em processos no STF e STJ.

Desconversou

Na sexta-feira, Alexandre de Moraes cravou em conversa nos corredores do Palácio do Planalto: “Estou fora!”.

Pelo celular, de ida…

Ontem à tarde o diálogo já era outro. Em uma troca de mensagens pelo telefone celular, Alexandre de Moraes, dizia a uma pessoa: “Hoje, lá pelas 19h00, o Presidente indicará meu nome para a vaga do Supremo Tribunal Federal. Se Deus quiser, em pouco tempo”, diz trecho digitado pelo ministro. Logo depois, ele começa a escrever sobre a sabatina que tem de ser realizada pelo Senado para que seu nome seja aprovado.

…e pelo celular, de volta

Um interlocutor identificado como Vivi responde: “Tanta gente me parabenizando kkkkk”. “Não sei nem o que responder”, emenda.

Tô fora

Michel Temer fez chegar ao senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) que o desejava ministro da Justiça. O tucano mineiro rejeitou.

‘Lava Jato’ em Vitória

A Polícia Federal no Espírito Santo não ficou passiva diante da onda de violência que se iniciou na grande Vitória. Mexeu nas cadeiras para cercar a bandidagem, e com gente experiente. Ex-coordenador da Lava Jato, delegado Marcio Anselmo será Corregedor da PF no Estado, onde Luciano Flores (o que conduziu Lula coercitivamente) já é o chefe regional há alguns meses.

Marcou território

Anselmo, que foi chefão da Lava Jato por um bom tempo, visitou Vitória e avisou a delegados e policiais da sua chegada. Outra ex-Lava Jato, Erika Marena virou a chefe da PF em Florianópolis.

Refúgio

O senador Fernando Collor tem visitado a cachoeira do Abade, em Pirenópolis, com a família, durante dias da semana, para fugir de assédio – ou ataques.
Alerta

O governador Marconi Perillo, de Goiás, anunciou R$ 4,1 milhões para o trade turístico. Foi lembrado de que o Parque Estadual dos Pirineus está sem segurança e com guaritas destruídas. E que o centro de convenções de Anápolis está parado há anos.

Greenpeace

O Greenpeace prepara “mega mobilização” em frente ao Congresso em protesto contra o projeto do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que libera a caça profissional no País. “É repugnante”, dispara o dirigente da entidade no Brasil, Márcio Astrini.


Caixa preta

Apesar de “Pública”, a Comissão de Ética da Presidência desliza na falta de transparência. As atas das duas últimas reuniões – dezembro e janeiro – não estão disponíveis para consulta. Apenas resumo da reunião do dia 21 de novembro.

Off

O portal da comissão também não oferece acesso ao andamento dos processos contra integrantes do governo.

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