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Delação de Cid abre crise velada entre oficiais das Forças Armadas

Leandro Mazzini

02/10/2023 10h38

Foto: Agência Brasil

O script do noticiário abriu crise velada entre altos oficiais das três Forças Armadas. O vazamento das supostas informações na delação do tenente-coronel Mauro Cid de que o então comandante da Marinha Almir Garnier teria topado golpe militar com o presidente Jair Bolsonaro, numa reunião na transição, caiu como bomba entre os militares, mas com diferentes efeitos. Uma parte considera graves acusações, se comprovadas – Cid terá de entregar as provas, garante quem circula no STF. Outra ala vê com muita cautela. Acha muito estranho Cid, oficial de baixa patente, presenciar suposta reunião do Comando. Considera que o delator estava ansioso para se livrar da cadeia, em pré-depressão, e informações verbais têm de ser analisadas sem sensacionalismo. Há quem aponte que o Exército, com generais ligados a Bolsonaro e com “filme queimado” na praça, quer se livrar e usa Cid, um dos seus, para culpar o almirante. 

Risco do ocaso

Charge por @izanio_charges

O presidente da Câmara, Arthur Lira, articula a candidatura de Elmar Nascimento (União) à sua sucessão. Mas o Progressistas (PP), seu partido, está contrariado e a bancada acha que o baiano não emplaca. E isso pode abrir espaço para uma candidatura 100% alinhada ao Palácio. O PP busca uma terceira via, e Lira pode acabar como Rodrigo Maia – sem poder e no ocaso.

Cadê a fusão 

Há um ano a ministra Cármen Lúcia segura no TSE pedido de fusão do PTB com o Patriota. Próximos à família de Roberto Jefferson – cacique petebista que ofendeu a ministra na eleição e está preso, internado em hospital no Rio de Janeiro – atribuem essa demora a uma possível desconfiança da magistrada de que Jefferson e família terão poder, influência e acesso a recursos do futuro. 

Trincheira 

A Comissão de Previdência deve se transformar num centro de batalhas entre esquerda e direita na Câmara. Depois de pautar a votação do projeto sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, o presidente da Comissão, Fernando Rodolfo (PL-PE), avisou que outras propostas similares virão. “Não vai ficar nada na gaveta”, afirma o deputado.

Choque na gestão

Vai sair do forno na Subcomissão que trata das concessões uma lei que aperta as empresas de energia elétrica. “O que está ruim, vai sair. O bom, fica”, crava o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA).

Dupla 

Ministros do Palácio estão preocupados com as movimentações informais de Hermano Gonçalves e José Roberto no Ministério da Defesa, em especial dentro do gabinete. Eles foram assessor do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no Governo Lula I, no Palácio e no escritório de representação que Múcio abriu quando saiu do TCU.

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