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Conselhos e folha ainda custam caro em estatais

Leandro Mazzini

09/01/2023 10h18

Charge por @izanio_charges

As despesas de 2023 aprovadas nas estatais pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes, revelaram números curiosos: gasta-se muito ainda com pessoal e com conselheiros e diretores. A Economia cravou que a estatal Correios tem previsão de receita de R$ 28,3 bilhões este ano. Desse total, R$ 12,4 bilhões serão para a folha e R$ 9,5 milhões para os conselheiros. O BB Tecnologia tem no saldo R$ 1,43 bilhão e repassará mais de R$ 542 milhões para os fornecedores. A Pre Sal Petrol terá em caixa R$ 136 milhões, pagará 41,8 milhões a funcionários e R$ 6,81 milhões a dirigentes. Já a Infraero prevê receita de R$ 1,47 bilhão e terá R$ 720 milhões para pessoal.

Yankees na Petrobras

O Grupo de Trabalho da Economia no Governo da Transição soltou tantas informações desencontradas sobre a Petrobras que aconteceu algo estranho. Com medo de desvalorização, acionistas minoritários venderam mais de 10% das ações na petroleira, que em dias foram compradas em bloco por hedge fundo americano, o GQG Partners LLC. O fundo terá 5,64% de ações ordinárias e 5,2% de preferenciais.

Turistando

O aliado Eduardo Paes (PSD) – que almejava emplacar o deputado Pedro Paulo – perdeu o MTur para o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União Brasil). Mas como um alcaide da Baixada Fluminense, sem tradição turística, emplaca a esposa deputada do baixo clero num dos ministérios mais cobiçados? O lance é duplo. Além de ceder a pasta para Daniela Carneiro e chamar o UB para seu lado, Lula envia sinais ao governador Cláudio Castro (PL) para atrair o aliado de Bolsonaro. O Estado do Rio de Janeiro lançou forte campanha de mídia sobre o turismo.

Rebelião no BC

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL) está receoso com os rumos da diretoria de política monetária na instituição. Os servidores demonstram insatisfação com a ingerência do presidente do BC, Campos Neto – egresso da gestão de Jair Bolsonaro – na potencial indicação de um nome do mercado para o cargo, a despeito da autonomia do banco. O novo diretor assumirá em fevereiro, quando termina o mandato de Bruno Serra Fernandes. O Sinal vê a decisão como uma desvalorização do corpo funcional do BC e, para o Sindicato, a escolha deixa o órgão menos autônomo.

E o QG?

Sinais do tempo não afastaram bolsonaristas da frente do QG do Exército em Brasília. Já houve temporal, alagamento, vendaval e até raios. Os ministros da Defesa e da Justiça, José Múcio e Flávio Dino, batem cabeça sobre o grupo. Múcio não quer usar força, acha o protesto democrático. Dino propõe ação enérgica após esgotado o diálogo.

Gás no saldo

A Companhia de Gás de Minas Gerais, Gasmig, fechou 2022 com comercialização de aproximadamente 1 bilhão de metros cúbicos de gás natural – cerca de 2,7 milhões de metros cúbicos/dia. A carteira de clientes residenciais e comerciais alcançou, ano passado, expansão de 16,2% em relação a 2021. Ao todo, 82.108 consumidores receberam atendimento. O saldo ganhou um gás também. A empresa faturou até setembro R$ 3,3 bilhões; chegou a um patrimônio líquido de R$ 1,2 bilhão e lucro líquido de R$ 284,4 milhões. Os investimentos foram de R$ 53 milhões neste período.

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