Mais um filme de super-heróis chegando nesta quinta-feira (15), uma da produções mais aguardadas do gênero, “The Flash” protagonizado por Ezra Miller estreia com alguns problemas no roteiro, edição e questões técnicas mas com uma pegada divertida que ao mesmo tempo se mantém como uma continuação do Snyderverso, também se apresentar como um filme de origem.
Depois dos eventos de Liga da Justiça, Barry Allen decide viajar no tempo para evitar o assassinato de sua mãe, pelo qual seu pai foi injustamente condenado à cadeia. O que ele não imaginava seria que sua atitude teria consequências catastróficas para o universo. Ao voltar no tempo, Allen se vê em um efeito borboleta e começa a viajar entre mundos diferentes do seu. Para voltar para seu plano original, Flash contará com a ajuda de versões de heróis que já conheceu.
Por ser o carro chefe da Warner em relação aos longas de heróis do ano, o marketing foi extremamente meticuloso para a divulgação, com sessões não finalizadas para os fãs, entrevistas com os atores, matérias extras, etc. Tudo isso poderia até ser só pelo longa, mas também envolve o seu protagonista Ezra Miller e algumas questões pessoais que poderiam levar ao fracasso do filme.
Para quem já conhece a filmografia do ator que inclui o ótimo “Precisamos Falar Sobre o Kevin” (2011), sabe que sua atuação não precisa de apresentações, sem dúvida nenhuma ele foi a melhor escolha para viver o protagonista, com destaque para o segundo ato, que Miller interpreta dois Barry Allen de diferentes períodos.
Outro ponto forte para a trama, são as piadas que ficaram hilárias, com várias referências aos longas dos anos 1980 como a trilogia de “De Volta Para o Futuro” e “Top Gun”, Além de muitas menções para outros filmes da DC e algumas aparições que deixaram todos nostálgicos.
Mesmo com tantos acertos, o filme se perde com um roteiro para lá de caótico, mais uma vez falando sobre multiverso já explorados algumas vezes por longas do gênero com muitas pontas para detalhar que deixam a desejar, além de uma edição que claramente passou por refilmagens. outra questão falha que fica em evidência são os efeitos técnicos como o uso de CGI (imagens geradas por computador), que tem um péssimo acabamento e deixa todo um clima de desleixo com o filme.
Conclusão
“The Flash”, tem muitos temas para serem explorados, existe todo um cuidado do diretor Andy Muschietti e da roteirista Christina Hodson para explicar, a origem do personagem, como o multiverso pode alterar a vida mais do que o esperado, além de fugir completamente do tom obscuro dos filmes já conhecidos como “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008) ou a “Liga da Justiça de Zack Snyder” (2021), porém todos já sabem que todo o universo DC será refeito pelo diretor James Gunn, então o longa pode não significar nada de muito certo para o futuro.
Confira o trailer:
Ficha técnica:
Direção: Andy Muschietti;
Roteiro: Christina Hodson;
Elenco: Ezra Miller, Maribel Verdú, Kiersey Clemons, Ben Affleck, Michael Keaton, Sasha Calle;
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia;
Distribuição: Warner Bros. Pictures;
Duração: 144 minutos;
Classificação Indicativa: 12 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço/Z