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Cinema com ela
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“Godzilla e Kong: O Novo Império” é um filme alegre, porém esquecível

O mais recente da franquia Monsterverse não consegue manter uma boa dinâmica entre os protagonistas

Tamires Rodrigues

28/03/2024 15h00

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures

Estamos falando de uma grande franquia, obviamente com bons momentos e outros desastrosos. Seria até impossível não existir uma nova produção sobre os dois monstros. E pegando o hype do Oscar 2024 que premiou com Melhor Efeitos Visuais “Godzilla Minus One”, estreia nesta quinta-feira (28) “Godzilla e Kong: O Novo Império”.

Depois de terem se encontrado como inimigos em Godzilla vs Kong, o poderoso Kong e o temível Godzilla se unem contra uma colossal ameaça mortal escondida do mundo dos humanos, que além de ameaçar sua própria existência também ameaça nossa espécie. Mergulhando profundamente nos mistérios da Ilha da Caveira e nas origens da Terra Oca, o filme irá explorar a antiga batalha de Titãs que ajudou a forjar esses seres extraordinários e os ligou à humanidade para sempre.

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures

O diretor Adam Wingard teve algumas boas sacadas, com efeitos visuais e fotografias que exploram um tom mais leve e divertido, diferente dos outros filmes dos dois monstros, com um toque rosado, Wingard explora com ousadia em momentos que muitos pilares dessa escala se perdem na escuridão (com toda certeza é o filme mais rosado de Godzilla até hoje). O desfoque em algumas cenas deixa a desejar, pois parece mais uma confusão na hora da montagem e escalada de cores.

Mas o roteiro, de uma equipe de três pessoas: Terry Rossio, Simon Barrett, Jeremy Slater, é sem dúvida a pior parte do filme. Já era de se esperar que os humanos tivessem menos tempo de tela, isso também aconteceu na franquia “Planeta dos Macacos”, afinal a história que merece ser contada é justamente a dos animais. Ainda assim, o pouco tempo de tela dos personagens é mal equilibrado, com os outros protagonistas, diálogos e piadas que não ornam com a nova proposta, além de perderem espaço são completamente esquecíveis.

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures

O que se segue é uma tentativa de estabelecer muita mitologia para a franquia Monsterverse. E não é um grande erro, porém a forma como é colocada no filme é fraca, pois depende dos diálogos expositivos, e sabendo o que aconteceu com eles no passado já fica claro o que vem pela frente, não existe um suspense.

A parte da ação tem uma dose especial, afinal é legal ver dois monstros gigantes se enfrentando, qual criança não quer ver isso. Wingard é novamente capaz de coreografar e estruturar lutas em grande escala com coerência e lógica, principalmente na última parte.

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures

Conclusão

No geral, a franquia, tanto junta como separada de Godzilla e Kong, carrega uma boa leva de fãs, mas acaba por não agradar muito o resto do público. Tem sim bons momentos de ação, o embate entre eles é sempre bem colocado com uma sincronia favorável. Contudo, o roteiro peca em sua maioria, deixando a trama superficial.

Confira o trailer: 

Ficha Técnica
Direção: Adam Wingard;
Roteiro: Terry Rossio, Simon Barrett, Jeremy Slater;
Elenco: Rebecca Hall, Terry Rossio, Jeremy Slater, Simon Battet;
Gênero: Ação, Ficção Científica;
Duração: 115 minutos;
Distribuição: Warner Bros. Pictures;
Classificação indicativa: 12,anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço Z

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