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Cinema com ela
Cinema com ela

Fábula e fantasia em “Era Uma Vez Um Gênio”, com Idris Elba e Tilda Swinton

George Miller explora como contar uma boa história em longa com uma narrativa simples, que estreia nesta quinta-feira (1)

Tamires Rodrigues

01/09/2022 15h22

Foto: Divulgação/Paris Filmes

Como contar uma história que já foi contada diversas vezes, criando uma narrativa diferenciada, explorando quase que na forma de um conto de fadas? Com essa missão, chega aos cinemas “Era Uma Vez Um Gênio”, dirigido por George Miller, conhecido pela ótima franquia de “Mad Max”, iniciada em 1979.

O longa acompanha Alithea Binnie (Tilda Swinton), uma professora que vive em pleno estado de solitude. Durante uma viagem para uma conferência em Istambul, Alithea compra uma garrafa queimada, que é, na verdade, a prisão de um gênio (Idris Elba). Mesmo alegando ter uma vida satisfatória e feliz, o gênio decide contar como foi aprisionado na garrafa e quais foram os seus outros mestres, para assim convencê-la a usar os seus três desejos.

Foto: Divulgação/Paris Filmes

Direção

O longa conta com a direção de George Miller, que também assina ao lado de Augusta Gore o roteiro, inspirado no conto de A. S. Byatt. Pode se pensar que Miller criaria um filme mirabolante. Pelo contrário: em “Era Uma Vez Um Gênio”, a narrativa foi a mais simples o possível, as histórias contadas pelo personagem de Elba são bem desenvolvidas, levando o público para uma verdadeira viagem no tempo dentro do antigo Oriente Médio com fábulas e fantasias.

Mas assim que o personagem de Elba volta à realidade essa magia é quebrada, pois ele e a personagem da Swinton não têm muita sintonia e, a princípio, essa distância favorece o longa. Um bom destaque é que boa parte das cenas foram gravada pelos protagonistas dentro de locações mais fechadas, o que o explora mais a atuação, que está realmente muito boa. Isso também foi uma artimanha da produção, pois o filme foi gravado durante a pandemia e muitos dos coadjuvantes aparecem usando máscaras. 

Foto: Divulgação/Paris Filmes

Estética 

O filme recebeu um orçamento de US$ 60 milhões, bem menos que a maioria dos blockbuster recebem hoje em dia. Isso até poderia ser um problema, pois a ideia é ser o mais real possível, mas aqui o Miller prefere se entregar ao artificial, já que o filme conta uma fábula, sem a necessidade de ser verdadeiro. Quando o gênio fica muito grande ou com raiva, é nítida a falta de realismo. Além disso, o diretor ainda abusa do zoom rápido, para uma perfeita desarmonia com o real.

Roteiro

‘Era Uma Vez Um Gênio’ é um filme que fala principalmente sobre o amor pela liberdade, pela solidão e pelas pessoas. O roteiro mistura isso com as várias culturas e gerações mitológicas sobre o universo e essa vontade do ser humano de nunca ficar realmente sozinho, além do medo de não ser visto, que obriga muitas vezes nas formações de laços para eternizar uma história. 

Foto: Divulgação/Paris Filmes

Conclusão

O filme tem um lindo visual, que explora os sonhos e a eternização do tempo. Idris Elba e Tilda Swinton estão excelentes em seus personagens. O longa pode até entrar em uma categoria de cinema cult, mas vale a pena dar uma chance. George Miller entrega aqui mais um grande filme.

Confira o trailer: 

Ficha técnica:

Direção: George Miller; 

Roteiro: George Miller, Augusta Gore;

??Elenco: Tilda Swinton e Idris Elba;

Gênero: Drama;

Distribuição: Paris Filmes;

Duração: 108 minutos;

Classificação Indicativa: 16 anos

Assistiu à pré-estreia a convite da Espaço/Z

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