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Analice Nicolau
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Saúde: Conheça os novos tratamento no combate à Aids

Transplantes com células-tronco apresentam resultados positivos no combate à doença.

Analice Nicolau

06/08/2022 11h00

Atualizada 07/08/2022 7h51

Transplantes com células-tronco apresentam resultados positivos no combate à doença.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizou o primeiro estudo para testar um tratamento em indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A pesquisa foi feita em 30 voluntários, através de um novo coquetel com base de terapia antirretroviral reforçada com outras substâncias, além da adição da nicotinamida – uma das formas da vitamina B3.

Pesquisadores também desenvolveram uma vacina de células dendríticas – importantes unidades funcionais no sistema imunológico, localizadas no sangue e em órgãos linfoides – que foram capazes de estimular o organismo do paciente a encontrar as células infectadas e destruí-las, eliminando completamente o vírus HIV.

“Essas células possuem a função de capturar micro-organismos prejudiciais e, posteriormente, apresentá-los aos linfócitos T CD8, que aprendem a encontrar e a destruir o vírus presente em regiões do corpo nas quais os antirretrovirais não chegam como cérebro, intestinos, ovários e testículos”, explica Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

Ao que tudo indica, o uso de transplante do sangue do cordão umbilical promove vantagens importantes para o tratamento do HIV em adultos. “É notório os grandes avanços por meio do uso das células-tronco, no entanto, este tipo de procedimento é recomendado para doenças hematológicas graves. Quando possível, a escolha do doador de medula, que carrega uma mutação genética que confere resistência ao HIV, para um paciente com HIV, como em qualquer outra circunstância, necessita da compatibilidade e carrega também grande esperança de sucesso na cura do HIV”, informa o médico.

“Devido ao resultado positivo desses pacientes, que ficaram livres do vírus, a ciência leva em conta a possibilidade de realizar uma alteração genética nas células-tronco autólogas de pacientes com Leucemia, para que elas obtenham a resistência ao HIV antes de serem reinfundidas com a finalidade de transplante”, conclui Dr. Nelson.

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