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Analice Nicolau
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Mês da Visibilidade Trans – O meio musical tem acolhido os transexuais?

O Jornal de Brasília conversou sobre o tema com a musicista Nathália Rodrigues

Analice Nicolau

28/01/2022 13h00

O Jornal de Brasília conversou sobre o tema com a musicista Nathália Rodrigues

Em janeiro é celebrado o Mês da Visibilidade Trans, uma data de extrema importância para convidar as pessoas a refletir sobre o combate ao preconceito e a luta a favor dos direitos dos transexuais e travestis. Muitas pessoas deixam sonhos para trás ou não conseguem chegar aonde poderiam por conta da transfobia, que gera morte e muita dor. Para falar sobre esse assunto, conversamos com a musicista Nathália Rodrigues, que é um verdadeiro talento na música.

Nathália é natural de Nilópolis, no Rio de Janeiro, e dá um show no Instagram ao tocar lindamente o violino. Quem vê o dom da artista, imagina que ela sempre tocou, mas isso não é a realidade. A trans se interessou por música ainda adolescente e chegou a fazer aulas, mas logo preferiu pausar o sonho.

“Percebi que estava começando a ter um tratamento mais ‘frio’ em comparação com outros músicos cisgêneros. Eu achava que era coisa da minha cabeça, mas com o passar do tempo comecei a me sentir cada vez mais excluída, foi quando decidi parar de estudar música”, relembra Nathália.

A jovem trans começou o processo hormonal em 2014 e lembrava com saudade das aulas de música, mas tinha medo. Durante a pandemia, Nathália perdeu os avôs para Covid-19, foi nesse momento que ela decidiu deixar as amarras para trás e ir atrás do sonho. “Eu falei: a vida é um sopro, não vou ficar perdendo tempo com preconceito”.

Os sonhos dos avôs de Nathália era ver a neta tocando em uma orquestra e ela decidiu que fará o possível para realizar o sonho deles. Com isso, ela voltou as aulas e, além do violino, está estudando viola clássica e violoncelo.

Atualmente, Nathália está sempre em busca de ajuda de produtores, mas confessa que a caminhada não tem sido fácil. Mesmo assim, ela não desistiu e está publicando sempre alguns vídeos tocando nas redes sociais e tem sido um sucesso! “Espero de coração que, assim como eu, outros irmãos e irmãs transgêneros se sintam protegidos e apoiados para mostrar seus talentos e dons ao mundo”, conclui.

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