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Analice Nicolau
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Justiça para todas: conheça o livro de Fayda Belo, que apresenta um guia sobre como as mulheres podem garantir seus direitos

A obra explica os principais crimes dos quais mulheres são vítimas, como denunciá-los e a quais órgãos pedir ajuda

Analice Nicolau

01/08/2023 10h00

Você sabia que uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas no Brasil? O que a maioria delas não sabem que algumas de suas vivências diárias são consideradas crimes pela lei (Rede de Observatórios da Segurança. Elas vivem: dados que não se calam. Rio de Janeiro: CESeC, março de 2023).

Consciente de que a ausência de conhecimento é decorrente da naturalização da violência contra a mulher no Brasil, bem como da chancela estatal que colabora com esse processo, a advogada especialista em crimes de gênero Fayda Belo reuniu toda a sua experiência para escrever Justiça para todas: o que toda mulher deve saber para garantir seus direitos, livro que chega às lojas de todo o Brasil pela Editora Planeta.

Fayda, que ficou nacionalmente conhecida ao se popularizar na internet por democratizar informações jurídicas com o jargão “pode não!” e arrebatar milhares de pessoas, os “crimelovers”, ao comentar casos de conhecimento público, apresenta na nova obra os crimes dos quais as mulheres são frequentemente vítimas.

Com o intuito de informar e amparar, a autora apresenta em uma narrativa simples e de fácil leitura crimes contra honra, violência psicológica, crimes sexuais e vários outros, que são ilustrados em exemplos práticos, facilitando a identificação de casos que podem ser a realidade de muitas mulheres.

No livro, a autora apresenta ainda o contexto histórico brasileiro de discriminação contra mulheres, mostrando como o sistema patriarcal se institucionalizou e foi disseminado, estruturado com base na dominação masculina, e se mantém até os dias atuais. No capítulo 1, lê-se: “O lugar a mulher fica limitado ao mundo doméstico e de submissão, com suas funções dirigidas prioritariamente à reprodução, sem que ela possa ter opinião ou vontade, devendo apenas ouvir, acatar e obedecer ao patriarcado”.

Ainda que muitas iniciativas estejam surgindo para conscientizar e combater a violência contra a mulher, como a campanha Agosto Lilás, a sociedade precisa percorrer um longo caminho para mudar as estatísticas. Fayda indica os caminhos de denúncia, explicando os desdobramentos processuais, além de apresentar redes de apoio gratuitas para as vítimas.

“Este é um livro de referência criado para ajudar todas as mulheres brasileiras, independente de classe social, ou grau de instrução. Minha mãe indicou o caminho da educação como escudo das mazelas do mundo e com esse pensamento cheguei aqui. Com essa obra, farei muito mais. Esse livro é a chancela do poder transformador da educação. Hoje eu posso dizer ‘mãe, o plano deu certo'”, conta Fayda.

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