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Analice Nicolau
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Emigrante nos EUA, Gustavo Miotti lança Crônicas de uma Pandemia, mostrando seu ponto de vista sobre regimes ditatoriais e democráticos

Morando nos EUA há cinco anos, Gustavo reuniu suas experiências de viagem à experiência pandêmica vivida na maior potência mundial

Redação Jornal de Brasília

29/06/2021 18h00

Emigrante nos EUA, Gustavo Miotti lança Crônicas de uma Pandemia, mostrando seu ponto de vista sobre regimes ditatoriais e democráticos

Morando nos EUA há cinco anos e sendo um viajante nato e idealista, o empresário gaúcho, Gustavo Miotti, se aventura, dessa vez, nas páginas do livro de sua autoria, Crônicas de uma Pandemia. Na obra, Gustavo, que já conheceu mais de 70 países a trabalho, estudo ou passeio, divide seu conteúdo em duas partes: a primeira apresentando suas reflexões de pesquisa e experiência de estar no país relatado, e a segunda, expondo suas percepções sobre países com regimes ditatoriais e democráticos. A ideia para o livro surgiu no começo da pandemia, colocando em prática seu desejo de escrever e descrever os países pelos quais já passou.

Em sua obra, Miotti explora a conexão entre um acontecimento e outro e diz que sua percepção sobre isso se deu com a situação vivida atualmente: “a conexão foi o ano [2020], aonde realmente a democracia foi [colocada] em cheque nos Estados Unidos. Do outro lado, víamos China tendo um sucesso relativo em relação a outros países sendo um país não democrático. Muita gente questionando: ‘a democracia é o melhor dos modelos ou não para esses momentos?’ – e isso eu indago muito no livro. Eu defendo que a democracia é, apesar dos percalços, o melhor dos modelos. Não existe uma solução rápida, a não ser que a gente tire a individualidade das pessoas e passe a aceitar que mandem em nossas vidas. Acho que isso é um retrocesso enorme”., comenta Gustavo.

Apenas a primeira parte do livro – onde Gustavo fala sobre o regime comunista contrastando com o regime democrático– foi planejada. A segunda parte ficou a encargo da experiência de viver em um país que, além de bater o maior número de mortes devido a pandemia, também evidenciava os problemas raciais, fake news e uma eleição polarizada. Segundo o autor, a segunda parte foi a mais difícil de escrever, pois era a visão de um brasileiro morando nos EUA e informado sobre a situação política de seu país de origem, que estava sendo, erroneamente, comparado com nosso vizinho norte-americano. Para Gustavo, independente de quão diferentes sejam as situações, a solução para essa polarização é a educação.

Gustavo Miotti emigrou do Brasil para os EUA com o objetivo de dar uma vida melhor para seus filhos, além de acreditar que a nação americana tinha a ciência em primeiro lugar. No entanto, vivendo no país, percebeu que é a política quem manda e, segundo ele, dado todo o cenário vivido pelos EUA nos últimos anos, os americanos veem Joe Biden na presidência com alívio.

A vida pós-pandemia começa a ser uma realidade no país para aqueles que já se vacinaram. Gustavo diz que foi vacinado no mês de março deste ano e seu filho de 14 anos, também. Também conta que o governo autorizou o não uso da máscara de proteção para aqueles que já estão imunizados. Acredito que a gente, talvez daqui a alguns anos, vai ter tempo para celebrar o que foi o avanço da ciência em ter descoberto várias vacinas nesse tempo tão recorde. Óbvio que quem está dentro da fogueira tem dificuldade de olhar de fora, mas acho que a gente vai ter um mundo no qual vai se validar ainda mais a ciência e, quem sabe, a gente vai se unir agora com os grandes problemas da humanidade. Um dos principais, agora, é aquecimento global, que a gente viu que se o mundo atuar dividido, a gente não vai para frente.”, finaliza o autor.

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