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Analice Nicolau
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Florianópolis lidera ranking de cidades com mão de obra qualificada para empreender, revela Índice de Cidades Empreendedoras

Estudo aponta a importância do capital humano para o sucesso empresarial e destaca outras cidades brasileiras com bom desempenho

Analice Nicolau

17/05/2023 9h00

Atualizada 16/05/2023 17h24

Florianópolis, a capital catarinense conhecida por suas belezas naturais e qualidade de vida, agora também desponta como um dos principais polos empreendedores do país. De acordo com os dados divulgados pelo Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2023, a cidade está entre os 10 municípios brasileiros com o melhor capital humano para empreender.

O ICE 2023 tem como objetivo mensurar a qualidade da mão de obra das cidades a partir de indicadores relacionados à educação básica, fundamental e superior, além dos níveis de mercado. Entre os critérios analisados estão a formação educacional dos profissionais, a disponibilidade de cursos qualificantes e as oportunidades de crescimento no mercado local.

Florianópolis se destaca no ranking, seguida por Vitória (SC), Santa Maria (RS), Porto Alegre (RS), Bauru (SP) e Vila Velha (ES). Essas cidades também demonstraram ter um capital humano promissor, refletindo o potencial de empreendedorismo e desenvolvimento econômico em diferentes regiões do país.

Segundo Alex Araujo, empresário e CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, o reconhecimento da importância do capital humano para o mercado foi um dos grandes avanços da área econômica do país. “A expressão refere-se à congruência de competências, habilidades e conhecimentos do indivíduo, para que ele desenvolva suas atividades de maneira legítima, contribuindo para a sua organização”, explica Araujo.

No entanto, a matéria também destaca os desafios enfrentados pelos jovens brasileiros na busca por emprego. A crise econômica gerada pela pandemia afastou muitos jovens do estudo, dificultando a contratação para cargos mais elevados e deixando-os à margem de subempregos. Segundo dados do Pnad, IBGE, referentes ao segundo semestre de 2022, mais de 1 milhão de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos estão fora da escola. Além disso, o percentual de jovens de 15 a 17 anos que frequentam o ensino médio ou concluíram a Educação Básica é abaixo da meta estipulada pelo PNE.

Bruno Rizzato, diretor de produtos do Trampolim, o primeiro aplicativo colaborativo de vagas de emprego, destaca a importância das habilidades técnicas e comportamentais na carreira profissional. Segundo ele, as hard skills (habilidades técnicas) podem garantir um emprego, mas são as soft skills (habilidades comportamentais) que asseguram a estabilidade, o crescimento e o destaque no mercado.

Desenvolver habilidades técnicas é fundamental para conquistar um emprego, mas são as habilidades comportamentais, conhecidas como soft skills, que asseguram a estabilidade, crescimento e destaque no mercado de trabalho. É o que ressalta um especialista no assunto, destacando a importância de estimular a construção do pensamento social e analítico desde a infância e adolescência.
No entanto, para alcançar posições de destaque, é necessário dedicar parte do tempo aos estudos e à participação em cursos qualificantes, a fim de garantir um currículo excepcional. Isso ocorre porque algumas oportunidades no mercado exigem experiências profissionalizantes anteriores.

Não basta apenas ter uma formação educacional, é preciso que o ensino básico valorize o entendimento do indivíduo sobre seu próprio processo de aprendizagem. Além disso, o ganho cultural e linguístico pode ser um diferencial significativo. Especialistas estimam que o domínio de um idioma pode aumentar o salário, chegando a uma alta de 40% a 70% para vagas operacionais, e até mesmo dobrar o pagamento em casos de fluência.

Um exemplo concreto desses benefícios é observado em alunos da SIS Swiss International School, uma instituição de ensino vinculada ao Grupo Klett, um dos maiores grupos educacionais europeus. A escola, que oferece ensino bilíngue em Brasília e no Rio de Janeiro, comprova que a aprendizagem de dois idiomas pode aprimorar funções cognitivas, como memória e capacidade de resolução de problemas. Além disso, o bilinguismo desde a infância proporciona aos jovens uma mentalidade multicultural, tornando-os adultos mais empáticos e abertos às diferenças.

Carolina Vieira, CEO da instituição, acredita no potencial da educação bilíngue e internacional pelos benefícios que ela traz para a sociedade como um todo. O aprendizado de idiomas não apenas impulsiona o desenvolvimento pessoal dos indivíduos, mas também contribui para a formação de uma sociedade mais inclusiva e conectada.

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