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Analice Nicolau
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Educação financeira: o caminho para a estabilidade econômica

Descubra com Leandro Lopes, como dominar suas finanças e tomar decisões econômicas mais inteligentes

Analice Nicolau

17/05/2024 19h00

No cenário financeiro atual, muitos brasileiros enfrentam dúvidas recorrentes sobre como lidar com suas finanças pessoais. Questões como parcelar ou pagar à vista, aplicar dinheiro ou recorrer a um empréstimo são frequentes. Esses dilemas refletem a necessidade urgente de uma educação financeira mais ampla e acessível.

Para Leandro Lopes, sócio-fundador da assessoria de investimentos Septem Capital, a falta de educação financeira é uma barreira significativa para a melhoria da qualidade de vida da população. “É um erro acreditar que apenas os mais ricos ou investidores com grandes cifras precisam dominar as finanças pessoais. A educação financeira deve ser acessível a todos, independentemente da situação econômica,” afirma Lopes.

Ao considerar a compra de um imóvel, por exemplo, Lopes destaca a importância de analisar diversos fatores, como perfil do investidor, renda, composição familiar e estado de saúde. “Não se trata de determinar o que é certo ou errado, mas de embasar decisões em informações precisas e no auxílio de profissionais capacitados,” explica.

Outro aspecto crucial que requer atenção é o planejamento da aposentadoria. Com a expectativa de vida em constante aumento, preparar-se financeiramente para uma fase da vida em que os gastos tendem a aumentar e a renda pode diminuir é essencial. “Investimentos de longo prazo, como previdência privada, títulos públicos, imóveis para geração de renda e ações pagadoras de dividendos, são opções a considerar para garantir a estabilidade financeira na aposentadoria,” sugere Lopes.

Quando o assunto é endividamento, a educação financeira desempenha um papel vital. Segundo Lopes, propostas de renegociação de dívidas ou oferta de crédito por parte dos bancos são comuns, mas saber se essas propostas são vantajosas exige conhecimento do mercado financeiro e habilidades para analisar as condições oferecidas. “Evitar que o endividamento se torne uma ‘bola de neve’ requer conhecimento e habilidade para analisar as ofertas,” ressalta.

A falta de educação financeira não é exclusiva de pessoas com baixa instrução. Muitos indivíduos com formação acadêmica também enfrentam dificuldades em lidar com questões financeiras simplesmente por não terem recebido a devida orientação. Lopes enfatiza a importância de compreender conceitos básicos, como o impacto da inflação sobre a renda e os investimentos, e como a escolha de créditos com altas taxas de juros pode levar a problemas financeiros. “Compreender essas questões é fundamental para evitar armadilhas financeiras,” pontua.

No Brasil, iniciativas como a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) e a parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) têm buscado integrar a educação financeira ao currículo escolar. No entanto, para aqueles que já não estão na escola, há diversas opções para aprender sobre o tema. “Cursos gratuitos oferecidos por instituições sérias e materiais informativos disponíveis online são ótimas fontes de aprendizado. É essencial buscar conhecimento em fontes confiáveis e nunca hesitar em questionar e comparar informações,” recomenda Lopes.

A educação financeira é essencial para promover uma vida econômica equilibrada e deve ser acessível a todos, em todas as fases da vida. “Investir em conhecimento financeiro é construir um futuro mais sólido e próspero para nós mesmos e para a sociedade como um todo. O primeiro passo para o aprendizado é reconhecer nossas limitações e, a partir disso, evoluir no tema que precisamos aprender,” conclui Leandro Lopes.

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