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Analice Nicolau
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Dona Diva, cachaça artesanal de Minas Gerais já ganha Relevância Nacional

A cidade de Pouso Alegre, em Minas Gerais, está na rota de boas cachaças do país. A região tem se destacando na produção artesanal da bebida Dona Diva, com produção familiar e artesanal, vem ganhando espaço.

Analice Nicolau

19/03/2021 13h00

Dona Diva

Dona Diva nasceu do amor pela roça, da tradição familiar e da escolha em ser produtor rural. O nome é uma homenagem a mãe de Renata e Regilene, Dona Divanda.

O pai, Antônio Renato, já tinha a ideia de produzir cachaça quando comprou o sítio no Anhumas, há muitos anos, mas acabou em segundo plano. Um dia, porém, o sonho despertou.

A busca pela qualidade é o destaque da produção. Renata conta que “A cana-de-açúcar é escolhida a dedo, levando em consideração adaptação ao solo e aspectos climáticos da nossa região. Esta cana é a RB 867515, indicada pela Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), por ser mais resistente a doenças, o que evita o uso de agrotóxicos.”

As irmãs se preparam muito para a jornada. Fizeram cursos na USP (Universidade de São Paulo) e visitaram vários alambiques para acertar os detalhes da construção, até chegar no melhor modelo de produção.

“Juntamos com a sabedoria popular de minha família, já que meu pai nasceu no Paiolinho, distrito de Poço Fundo, uma das regiões que mais produz cachaça no Sul de Minas. Os irmãos dele são produtores e todos aprenderam com o avô do meu pai. Nossa família tem história na produção de cachaça e, para buscar mais qualidade, fizemos vários cursos”, conta.

Todo corte da cana-de-açúcar é manual, seguindo orientações de limpeza dos pés e ângulo do corte. Ela ainda contou que “Não existe queimada de cana, muito menos reaproveitamento de cana já cortada. Sabemos exatamente a quantidade de produção diária e a cana cortada está dentro deste cálculo, nossa cachaça é produzida por cana fresca sem utilização de agrotóxicos”.

O interior do alambique azulejado e cada detalhe pensado para um manejo de sustentabilidade e reaproveitamento. O bagaço da cana-de-açúcar é utilizado na caldeira que mantém a temperatura do alambique de cobre para a etapa final da produção.

Com um investimento de aproximadamente R$1 milhão, a cachaça Dona Diva chega para disputar a ponta entre as cachaças de Minas Gerais.

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