No último sábado, 30 de julho, aconteceu um caso de racismo envolvendo os filhos do casal de atores, Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso e uma família de turistas angolanos em um bar em Portugal. O crime racial gerou revolta dos brasileiros e também uma série de debates em relação a privilégios e racismo estrutural. Mas essa situação também trouxe gatilhos a outros pais de crianças negras, como foi o caso do apresentador, influenciador e empresário imobiliário, Benjamin Cano.
“Eu me imaginei no lugar da Giovana na hora que eu vi esse vídeo, e pensei no meu filho. Despertou uma série de gatilhos. Estamos em 2022, como isso ainda acontece? É puro racismo estrutural”, exclamou o apresentador francês.
Ele contou que prepara o filho desde criança para lidar com racismo e o fato de ter pais gays.
“Eu tento preparar o Vinícius para enfrentar o mundo porque bem ou mal ele é o filho preto de dois pais gay brancos. Minha preocupação é dar as ferramentas para que ele possa andar no mundo sozinho lá na frente com essas diferenças: respeito, amor, tolerância. Se eu conseguir isso, já ganhei uma pequena batalha contra a homofobia, racismo e outros”, argumenta.
O apresentador, que comandou um reality show na França, entende que ser um empresário bem-sucedido o deixa em uma posição privilegiada, mas não impede que ele venha a sofrer com o preconceito.
“Infelizmente, ter dinheiro ou não está longe de ser um padrão para não receber ataques preconceituosos. Porém, sim, provavelmente ser mais ‘favorecido’ deve ajudar em ter uma atmosfera mais respeitosa. Acredito que a chave mestra de tudo isso seja o respeito, e o respeito se transmite na educação, não com o dinheiro. Existe nesse mundo, mesmo em 2022, pessoas com dinheiro, mas sem educação. Pronto, falei”, pondera.