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Analice Nicolau
Analice Nicolau

Como clientes se tornam embaixadores da sua marca

Colunista Analice Nicolau

30/09/2025 13h00

Bruno de Souza Gimenes

O marketing de comunidade ajuda empresas a criar conexões reais, fortalecer a marca e transformar clientes em embaixadores fiéis

No mercado acelerado de hoje, marcas que conquistam espaço vão além da oferta: elas constroem verdadeiras comunidades. No lugar da comunicação tradicional focada só em produto, desponta uma nova dinâmica, o marketing de comunidade. E é justamente no sentimento de pertencimento que reside o segredo da fidelização, de clientes  que deixam de ser público e passam a ser protagonistas. Viram embaixadores da marca, prontos para defender e propagar aquilo que acreditam.

Por que isso importa? Segundo a Harvard Business Review, comunidades de clientes elevam o engajamento em até 19% e catalisam crescimento quatro vezes mais rápido que marcas sem estratégia comunitária. O vínculo é tão forte que ultrapassa a simples recompra. É a conexão emocional que transforma clientes em criadores de conteúdo espontâneo, defensores da marca em discussões online e offline, e parceiros na inovação de soluções.

O especialista Bruno de Souza Gimenes; referência em marketing de comunidade, host e fundador do Marketing – The Podcast, pontua: “A fidelização só acontece quando o conteúdo que a marca gera tem valor genuíno para seu público, conectado por interesses comuns. É preciso antes gerar valor, e só depois a relação vira transação”. Bruno explica que, enquanto estratégias tradicionais como Omnichannel e CRM são essenciais para ampliar contato com quem já é cliente, o marketing de comunidade cria círculos de identificação e engajamento que transcendem o momento da compra.

E as grandes marcas já enxergaram esse potencial. A Lego, por exemplo, mantém o Lego Ideas, onde fãs sugerem novos produtos e participam ativamente das decisões. Nubank, pioneira no Brasil, construiu uma comunidade digital onde histórias reais e trocas de experiência se tornaram parte da rotina dos clientes. Notou que a inspiração é o combustível mais valioso para o crescimento sustentável?

Mas não pense que só uma multinacional pode surfar essa tendência. Pequenas e médias empresas também podem construir comunidades usando grupos de WhatsApp, fóruns ou encontros presenciais. O caminho é ouvir, dar voz e criar benefícios exclusivos. O incentivo à produção espontânea de conteúdo, o reconhecimento de histórias verdadeiras e o investimento em canais de diálogo fortalecem a confiança e geram pertencimento.

Bruno reforça a importância de dividir públicos em grupos, mapear interesses e definir canais e formatos de conteúdo certos para cada segmento. Saber onde inserir influencers e estimular UGC (conteúdo gerado pelo usuário) amplia alcance e relevância. Para medir o sucesso, vale acompanhar métricas como crescimento da comunidade, profundidade das conversas, sentimento gerado, tráfego e ativação, sinais de que o relacionamento vai além da superfície.

No mercado competitivo, conquistar é só o começo. A manutenção do relacionamento, pautada pela escuta ativa e pelo engajamento autêntico, faz do cliente o grande protagonista da história. O futuro das marcas está nas comunidades que, mais do que vender, criam conexões verdadeiras e duradouras, e quem entender isso primeiro estará sempre à frente.

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