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Analice Nicolau
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CEOs de grandes empresas se reúnem para compartilhar práticas em prol da inclusão LGBTQI+ no mercado de trabalho

Encontro aconteceu nesta sexta-feira (20) e teve o intuito de reafirmar o compromisso com práticas que contribuam para a erradicação da discriminação contra pessoas LGBTI+ nas companhias e no ambiente de negócios do país

Analice Nicolau

23/05/2022 11h30

Encontro aconteceu nesta sexta-feira (20) e teve o intuito de reafirmar o compromisso com práticas que contribuam para a erradicação da discriminação contra pessoas LGBTI+ nas companhias e no ambiente de negócios do país

Na última sexta-feira (20), CEOs das signatárias do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ se reuniram de forma híbrida, na sede do Machado Meyer Advogados, em São Paulo, para compartilhar práticas relacionadas à erradicação da LGBTI+fobia, onde também apresentaram ideias para serem implantadas nas companhias e mostraram os avanços em suas companhias dentro do tema.

“Nosso objetivo com iniciativas como esta é proporcionar um diálogo amplo e plural não apenas no meio corporativo, mas no executivo e legislativo, de valorização da diversidade e mostrar que a comunidade LGBTI+ não está sozinha”, afirmou Reinaldo Bulgarelli, secretário-executivo do Fórum.

Na última sexta-feira (20), CEOs das signatárias do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ se reuniram de forma híbrida, na sede do Machado Meyer Advogados, em São Paulo, para compartilhar práticas relacionadas à erradicação da LGBTI+fobia

E complementou: “Em 2013, quando fundamos o Fórum, era uma raridade pessoas trans dentro das empresas. Uma das revoluções que fizemos, em parceria com a TransEmpregos, foi aumentar a contratação de pessoas trans. A partir do momento que a companhia emprega, acolhe e se dispõe a aprender sobre os processos e políticas de inclusão, temos um impacto positivo em toda a cadeia de valor”.

O Fórum é uma organização permanente que existe há nove anos e realiza ações com executivos e profissionais das empresas signatárias em torno dos 10 Compromissos para aperfeiçoar práticas de gestão, encontrar meios para erradicar a LGBTI+fobia e fortalecer essa articulação, com objetivo de influenciar positivamente o ambiente de negócios e a sociedade no respeito a lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e pessoas intersexo, entre outras condições da diversidade sexual e de gênero.

“Quando abordarmos o tema LGBTI+, é importante ressaltar que não se resume ao identitarismo, mas que abrange outras pautas como negócios, direitos humanos e desenvolvimento sustentável do país”, salientou Bulgarelli.

E acrescentou: “Ao olharmos para a diversidade, melhoramos políticas internas e externas, aprimorarmos serviços, além de valorizar e reconhecer talentos e, enfim, melhorar o todo”.

Ao incentivar executivos em altas posições, o objetivo é enriquecer o ambiente profissional e torná-lo mais seguro para todos

Realizado periodicamente, o encontro de CEOs do Fórum contou com a presença de presidentes de empresas de diferentes setores, entre elas: Accenture, Avanade, Cogna Educação, Continental, Dow Brasil, Ernst & Young – EY, Falconi, JLL, Leo Burnett, Machado Meyer Sendacz Opice Advogados, Máquina CW, Roche Farmacêutica, Roche Diagnóstica, Roche Diabética, Roost, Stocche Forbes Advogados, PwC, e Tozzini Freire Advogados. Além da participação on-line de presidentes da Cisco, MCM Brand Group, Makro Group, TE Connectivity, Deloitte, Ingredion, Veracel e Lojas Renner.

Entre algumas das ações discutidas, está a criação de um manual de boas práticas já realizadas pelas empresas integrantes do Fórum, inclusive com atividades escaláveis para realização em conjunto, a fim de engajar e incentivar iniciativas inclusivas e de diversidade no meio corporativo. Outro tema levantado foi referente à ampliação das ações para termos mais pessoas LGBTI+ em cargos de liderança, o que ainda é raro nas companhias. Ao incentivar executivos em altas posições, o objetivo é enriquecer o ambiente profissional e torná-lo mais seguro para todos.

“O Fórum é a voz empresarial no tema dos direitos LGBTI+ e precisamos nos mobilizar e avançarmos mais nesta pauta. Neste ano, vamos assinar uma declaração de compromisso com a diversidade em parceria com o Instituto Mais Diversidade e a organização americana Out&Equal, para reforçar que a discriminação e a violência contra pessoas LGBTI+ não é interessante para o ambiente de negócios e para o desenvolvimento do país. Será lançada na véspera da Parada LGBTI+ para reforçar a nossa voz empresarial brasileira, articulada com organizações internacionais”, concluiu Reinaldo Bulgarelli.

O propósito do Fórum, lembrado em todas as atividades, é colocar em prática para as pessoas LGBTI+ o artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”

A violência enfrentada por pessoas LGBTI+, como demonstrou o relatório atual do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil, com 316 mortes – uma morte a cada 27 horas – registradas no país, precisa encontrar no ambiente empresarial um parceiro que diga não a essa violência e sim à valorização da diversidade e à vida das pessoas LGBTI+.

O comitê de presidentes é o órgão que lidera o Fórum no seu sistema de governança, constituído também por um conselho consultivo, secretaria executiva, comitês e grupos de trabalho em torno dos temas presentes nos 10 Compromissos da Empresa com o Respeito e a Promoção dos Direitos Humanos LGBTI+.

Além de empregadoras, as empresas também realizam sua comunicação com diferentes públicos, contratam fornecedores, apoiam comunidades e possuem uma cadeia de valor rica de possibilidades para fazer avançar a inclusão e o respeito às pessoas LGBTI+ na sociedade. O propósito do Fórum, lembrado em todas as atividades, é colocar em prática para as pessoas LGBTI+ o artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.

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