Menu
Analice Nicolau
Analice Nicolau

Casos graves de hérnias abdominais que não recebem o tratamento adequado podem levar à morte

Brasil realiza 600 mil cirurgias para tratar a doença a cada ano. Casos tem alta prevalência e afeta cerca de 20% da população

Analice Nicolau

06/08/2022 23h00

Atualizada 07/08/2022 7h50

No ano passado o SUS realizou 148.4 mil procedimentos de correção de hérnia, sendo que do total 39 mil foram casos de urgência. Entre janeiro e maio deste ano, a soma já chega a 95,5 mil, com 19 mil casos de emergência. Em 2019, antes da paralisação das cirurgias eletivas devido a pandemia, o número de procedimentos chegou a 387,3 mil, sendo 45 mil urgências.

As hérnias da parede abdominal são doenças com alta prevalência na população e o tratamento é exclusivamente cirúrgico. A doença é uma abertura na musculatura do abdômen que permite a passagem de uma porção de gordura ou de um órgão através dela, causando dor e desconforto ao paciente, principalmente durante a prática de atividades físicas. Complicações como o estrangulamento e o encarceramento são consideradas casos graves e podem exigir cirurgia de emergência.

O cirurgião e presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia, Dr. Marcelo Furtado, explica que casos graves que não recebem o tratamento adequado podem levar à morte. “Isso acontece porque a hérnia estrangulada corta a circulação sanguínea e pode levar à gangrena e, consequentemente, a morte do órgão e do paciente”, ressalta. “As hérnias de tamanho médio, que medem entre dois e dez centímetros, e as hérnias femorais (que acontecem na região da virilha, principalmente em mulheres), são as que têm maiores riscos de complicações”.

Gustavo Soares, cirurgião e vice-presidente da SBH, ressalta que o ideal é que os atendimentos sejam feitos antes de possíveis complicações. “Tratar o paciente com hérnia da forma mais breve possível, após o diagnóstico com indicação cirúrgica, é essencial para evitar casos mais graves e cirurgias mais complexas”.

De todos os tipos de hérnias abdominais, as que ocorrem na virilha e são chamadas de inguinais, são as mais frequentes na população, representando 75% do total de casos, e são mais comuns em homens.

Recuperação cirúrgica – O tempo de recuperação vai depender sempre do tipo de cirurgia realizada e do tamanho da hérnia do paciente. Após o tratamento cirúrgico é possível retomar a rotina de atividades, respeitando o período de repouso.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado