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Analice Nicolau
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Agosto Laranja: mês de conscientização sobre a esclerose múltipla traz debate sobre o uso da cannabis medicinal

Doença, que tem evolução inicial de forma mais sutil, acomete principalmente jovens entre 20 e 30 anos e provoca dificuldades motoras e sensitivas. Campanha do mês de agosto acontece desde 2014

Analice Nicolau

01/08/2022 15h30

Doença, que tem evolução inicial de forma mais sutil, acomete principalmente jovens entre 20 e 30 anos e provoca dificuldades motoras e sensitivas. Campanha do mês de agosto acontece desde 2014

O Agosto Laranja foi criado pela AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), em 2014, com o objetivo de conscientizar sobre a Esclerose Múltipla, acabar com mitos sobre a doença e fomentar mais respeito, dignidade e acolhimento para quem convive com ela.

Um dado alarmante divulgado na última edição do Atlas da Esclerose Múltipla, lançado em setembro de 2020 pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF), mostra que a cada cinco minutos alguém recebe o diagnóstico de Esclerose Múltipla em algum lugar do planeta. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil brasileiros convivem com a doença.

De evolução silenciosa, a condição pode demorar anos para ser diagnosticada, enquanto compromete o sistema nervoso central de forma, quase sempre, irreversível. Inicialmente, os sintomas são muito discretos para o observador externo, mas, com o passar dos anos, podem trazer sequelas neurológicas.

Sintomas comuns

Em levantamento recente realizado pela AME, a fadiga é citada como o sintoma que mais prejudica a qualidade de vida pelas pessoas afetadas pela doença (74%), seguida pelas dores (42%), dificuldade para se concentrar, problemas cognitivos (ambos mencionados por 37% dos respondentes), dificuldade para caminhar (35%), desequilíbrio e tendência a quedas (35%), e problemas sexuais e urinários (24%).

Tratamento

A boa notícia é que ano após ano surgem novas terapias e fármacos para aliviar sintomas e aumentar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença.

Foi assim que a cannabis medicinal começou a fazer parte da vida de milhares de brasileiros nos últimos anos, afinal, foi uma das primeiras doenças para as quais o tratamento com canabinoides foi liberado no Brasil.

Por se tratar de um composto fitoterápico, a cannabis não apresenta efeitos colaterais graves, como costuma acontecer com os alopáticos. Além disso, os canabinoides possuem enorme segurança farmacológica com toxicidade praticamente nula. “Os derivados da cannabis podem ser decisivos no tratamento da Esclerose Múltipla, aumentando a qualidade de vida de quem é acometido pela doença”, explica a Dra. Mariana Maciel, médica especialista em Medicina Canabinoide e fundadora da Thronus Medical, biofarmacêutica canadense pioneira em nano THC e nano CBD.

Uma indicação possível é o Bisaliv Power Full Spectrum 1:1, que é composto por 50% CBD e 50% THC. “O uso dos dois fitocanabinoides em associação apresenta um efeito superior para pessoas acometidas pela Esclerose Múltipla. Isso acontece porque o Canabidiol (CBD) funciona como anti-inflamatório e anticonvulsivo, enquanto o Tetrahidrocanabinol (THC) age como analgésico, antidepressivo e estimulante de apetite. Juntos, os ativos auxiliam no combate a dores neuropáticas, fadiga, enjoos e náuseas, e podem agir sobre quadros de depressão, que infelizmente são muito comuns em pessoas acometidas pela doença”, finaliza Maciel.

É importante ressaltar que esses fármacos só podem ser introduzidos no tratamento com prescrição médica. Sobre o estágio da doença a ser tratada, dosagem e demais orientações é imprescindível buscar um médico prescritor de cannabis medicinal para acompanhamento contínuo.

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