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Analice Nicolau
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A reinvenção de Cristina Siqueira: a profissional compartilha os desafios da transição de carreira aos 40 anos

De advogada para empreendedora do ramo alimentício, Cristina revela as reviravoltas da sua trajetória profissional pautada pela coragem e superação

Analice Nicolau

17/08/2022 14h00

De funcionária do Sistema S com estabilidade na carreira a empreendedora do ramo alimentício. Conheça a história de Cristina Siqueira

Sabemos que a pandemia de Covid-19 trouxe instabilidade econômica e sacudiu o mercado de trabalho. Com isso, muitas pessoas precisaram se reinventar para continuar sobrevivendo. Entre tantas histórias de superação, a de Cristina Siqueira se destaca, porque mesmo antes da pandemia, Cristina já tinha passado por uma grande reviravolta na carreira.

Atualmente, Cristina Siqueira é sócia-proprietária do Orom Buffet, referência em Pouso Alegre

Advogada com MBA em Desenvolvimento e Gestão de Pessoas e Pós Graduação em Gestão de Negócios de Alimentação, Cristina atuou por quase 20 anos na área administrativa, desde 1995, sendo 15 anos diretora operacional de uma instituição do Sistema S. “Achei que lá me aposentaria, então quando fui demitida caiu meu chão… O salário era bom e na época não havia oportunidades de trabalho que suprissem o que eu já havia conquistado profissionalmente”, recorda.

Ao Lado do seu marido Lucas, Cristina segue comandando o excelente momento do Orum Buffet

Exausta de procurar oportunidades justas de trabalho, em 2016, Cristina resolveu empreender no ramo de alimentos. No início abriu um espaço saudável, nos arredores de uma grande academia local. Cristina foi convidada a ser sócia em uma lanchonete em um Centro Universitário, aceitou e em seguida montaram mais uma lanchonete e um bar, em frente à mesma instituição. “Essa jornada durou quase quatro anos e estávamos indo bem, começando a ver lucro nos negócios…Em 2019, começamos a investir em serviços de buffet. Vimos uma oportunidade de mercado em Pouso Alegre. Realizamos alguns pequenos eventos com sucesso e então alugamos um ponto para executar os serviços de acordo com as exigências sanitárias, no dia 01/03/2020. Em 18/03/2020 veio a pandemia e tudo parou. E assim, nos endividamos até o pescoço, com o fechamento das duas lanchonetes e do bar e o desespero para pagar o investimento na cozinha do buffet”, desabafa.

Um buffet de recomeços

Hoje, sócia-proprietária do Orom Buffet, Cristina compartilha os desafios diários da profissão. “Hoje, que tudo está renascendo no pós-pandemia, meu maior desafio é estar com as contas em dia e ter o melhor serviço. Nem sempre o melhor serviço é a melhor comida, pois existem gostos e gostos… Brigo sempre com o meu sócio que uma caponata de berinjela seria muito melhor sem a uva passa e ele insiste que o ingrediente faz parte da receita… Cada um tem um gosto”, brinca.

“O importante é ser gentil e procurar agradar com o serviço, com opções para diferentes gostos e fazer tudo com amor”, afirma Cristina Siqueira

Para Cristina, o mais importante é ser gentil e procurar agradar com o serviço, com opções para os mais diferentes gostos e fazer tudo com amor. “Muito amor.Gosto de quase tudo o que faço. Não serei hipócrita em dizer que tudo é maravilhoso. Não gosto muito de lavar louça, tem hora que quero a minha família em um domingo, ou que gostaria de estar dançando junto com o meu cliente em uma festa no sábado a noite. Mas a gente acaba encontrando muitos motivos para estar ali e aprende a ser feliz vendo os outros felizes.Essa talvez seja a minha missão, a nossa missão na Orom. Afinal, teremos oportunidades para aproveitar festas em outros momentos. Aquele momento é do cliente. E estamos ali para que seja o mais especial possível”, afirma.

De funcionária do Sistema S com estabilidade na carreira a empreendedora do ramo alimentício. Conheça a história de Cristina Siqueira

Cristina conta que a sua maior motivação para sempre se reinventar e recomeçar aos 40 anos, está na família e na busca pela autoestima e reconhecimento. “Minha grande motivação são minhas filhas, Manu e Tetê. Mas não só por elas, eu gosto de viver bem comigo mesma, ter boa autoestima, me sentir importante para alguém… e isso a gente só consegue se tiver muita força, coragem e humildade. Não é fácil. Encontrar uma nova direção para sobreviver é complicado. Recomeçar aos 40 anos foi desafiador, não vou negar. Mas vivo intensamente cada degrau dessa luta. E tenho muito orgulho de ter conseguido, de alguma forma, ser reconhecida e ser feliz”, conclui.

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