Como a liderança feminina e a gestão integrada impulsionam o crescimento em um cenário de alta pressão tributária e juros elevados
O ambiente de negócios brasileiro vive um paradoxo. Enquanto a carga tributária atinge o maior patamar em 15 anos e a reforma tributária adiciona camadas de complexidade à gestão, algumas companhias não apenas sobrevivem, mas prosperam. Em meio a juros de 15% ao ano e margens cada vez mais apertadas, a demanda por eficiência, governança e tecnologia nunca foi tão alta, forçando o mercado a se reinventar.
Nesse cenário, um nome se destaca. A diretora Juliana Tescaro, do Grupo Studio, esteve à frente de uma jornada de crescimento que levou a companhia de um faturamento de R$ 45 milhões para R$ 120 milhões. A executiva explica que o segredo não está em uma única decisão financeira, mas em uma profunda mudança de mentalidade. “O mercado exige visão sistêmica. Não adianta corrigir um ponto se o resto da estrutura continua desalinhado. A integração foi o que nos permitiu crescer de forma previsível mesmo em ciclos de instabilidade”, afirma Tescaro.
A estratégia reflete uma transformação silenciosa, mas poderosa, no mundo corporativo: o avanço da liderança feminina em setores historicamente masculinos. Em um mercado onde apenas 6% dos cargos de direção são ocupados por mulheres, a presença de executivas como Juliana está redefinindo o conceito de gestão. “O espaço das mulheres ainda é pequeno, mas vem crescendo à medida que novas formas de gestão ganham espaço. Acredito que a liderança feminina contribui para redefinir práticas porque valoriza a cooperação, a inteligência coletiva e a responsabilidade social”, pontua.
Essa visão se materializou na expansão do Grupo Studio, que diversificou sua atuação para além da consultoria tributária, criando verticais em governança, energia solar, proteção patrimonial e educação corporativa. A estratégia de integrar serviços, em vez de focar na expansão puramente comercial, tem se mostrado um diferencial competitivo para mitigar riscos e custos. “Crescer sob pressão é possível quando há método, leitura do ambiente regulatório e cultura de execução. O desafio é transformar complexidade em oportunidade antes que ela vire custo”, complementa a diretora.
Com a reforma tributária em implementação até 2027, o setor de consultoria deve movimentar mais de R$ 90 bilhões anuais, e a eficiência será a moeda mais valiosa. Casos como o do Grupo Studio mostram que a nova fronteira da competitividade não está mais em escolher entre gestão humanizada e resultados. “Eficiência e empatia deixaram de ser opostos no mundo corporativo. Juntos, se tornaram o novo motor da competitividade”, finaliza a executiva.