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Além do Quadradinho
Além do Quadradinho

kLap apresenta “MLK NERVOSO”, primeiro disco solo da carreira

Desde os 23 anos, kLap virou destaque no cenário da Bass Music brasileira, agitando vários eventos da capital

Thaty Nardelli

01/05/2023 14h19

Foto: Mayã Guimarães/Divulgação

Gabriel Ferreira, DJ e produtor brasiliense, mais conhecido como kLap, após o anúncio de que será uma das atrações de um dos maiores festivais de música do Brasil, o The Town Festival, lança o energizante “MLK NERVOSO”, o primeiro disco de sua carreira que apresenta o seu lado ainda não conhecido: o Gabriel. Desde os 23 anos, kLap virou destaque no cenário da Bass Music brasileira, agitando vários eventos da capital. Hoje, aos 28 anos, ele chega àquele que diz ser um dos maiores marcos de sua carreira artística e pessoal — o lançamento de um álbum que cresceu junto com a sua maturidade e com as suas descobertas musicais dentro de casa, durante a pandemia. As dez faixas de “MLK NERVOSO” são divididas nos ritmos de eletrônica, funk e afrobeat.

A “Além do Quadradinho” desta semana apresenta o artista taguatinguense kLap.

Onde cresceu e como foi sua infância no quadradinho?

Nasci em Ceilândia, mas cresci a vida inteira em Taguatinga. Sempre morei no mesmo lugar, na mesma casa. Minha infância sempre foi muito muito cheia de atividades… Eu sempre fui uma uma criança muito hiperativa e ativa, eu não gostava de ficar parado. Minha mãe me colocava para fazer vários esportes: natação, futebol, handebol e, claro, andava de skate… Isso me proporcionou uma uma ligação muito forte com a cultura hip-hop. Já conhecia pessoas na minha rua que dançavam, que ouviam músicas hip-hop, então, desde pequeno tive essa ligação direta com a cultura.

Você já é conhecido na cena cultural por sua batida independente e interação com o público. Como é lançar um álbum completo com todas a sua personalidade e as suas referências?

Eu fico muito feliz em conseguir lançar um álbum onde eu consiga me identificar por completo, sabe?! Porque acho que esse é o maior desafio de um artista independente. Com as questões atuais, com tanta gente boa na cena,  você imprimir em um álbum, em um projeto, exatamente quem é você, é incrível. Para mim, um álbum é muito pessoal. Ele mostra muito quem é a pessoa artisticamente e pessoalmente… 

Então, esse foi o meu maior desafio: fazer esse algo e colocando todas as minhas referências, toda a minha personalidade, todas as pessoas que eu que tenho como ídolos. Então, esse processo de criação do álbum foi muito delicado e subversivo. 

“MLK NERVOSO” foi concebido durante a pandemia, situação em que muitos artistas sofreram. Como foi esse período para você e como o isolamento se acrescentou na produção do álbum?

Foi um tempo muito delicado, porque era um tempo que eu estava muito sozinho. No começo da pandemia, foi quando eu comecei a morar sozinho, então acabou que eu tinha muito tempo pra fazer qualquer coisa que eu quisesse, né?! Já que a gente não podia sair de casa. Então, eu resolvi gastar a criatividade em alguma coisa. E aí foi que surgiu a ideia de fazer esse álbum. Então, eu passei muito tempo na pandemia estudando várias referências, ouvindo música nova, e tentando entender como que eu conseguiria fazer uma música de um jeito diferente, mesmo mantendo a minha identidade. Então, foi um longo processo, foi um tempo de muito estudo, para entender como eu conseguiria imprimir melhor minha personalidade e tudo que estava surgindo. 

Qual a maturidade pessoal que impulsionou a produção de “MLK NERVOSO”? Qual a grande essência dessa primeira produção?

Eu acho que justamente por eu ter começado a morar sozinho. Logo nessa época, foi um processo que eu fui descobrindo e aprendendo o que realmente era melhor para mim. Tive poucas opiniões de pessoas durante o processo do álbum. Às vezes eu mostrava para amigos justamente para saber a opinião deles.  Mas no final, sempre quem decidia tudo era eu. Então,  foi um processo, assim que com o longo do tempo eu fui percebendo que a minha cabeça estava diferente de quando eu comecei a fazer o projeto. Porque eu comecei pensando em uma parada e terminei com a cabeça totalmente diferente. Acredito que eu amadureci muito nesse processo e que foi muito importante todo esse momento pro produto final. 

Tropkillaz, Jean Tassy, MC Tchelinho e Ruxell são alguns dos nomes presentes no disco… comente sobre a importância delas para a produção.

Bom, todas as pessoas que estão no álbum de participação são pessoas muito importantes pra mim. Seja como amigos pessoais ou ídolos que viraram amigos. Todas as pessoas são muito importantes. Nenhum feed é por acaso. Todas têm uma importância na minha carreira, no meu pessoal e, algumas, são inspirações. Pessoas que me despertaram a vontade de produzir. A primeira vez que eu ouvi eles eu fiquei em choque e percebi que tinha decidido que eu queria ser igual a eles. Então, a importância deles nesse álbum é justamente isso, conseguir trazer ídolos que me inspiraram  a começar a fazer o que eu faço hoje junto comigo nesse trabalho. Quero mostrar também para o Brasil que Brasília tem artistas muito bons.  Por isso, todas as pessoas que estão no álbum são muito importantes.

Como está a expectativa para as apresentações do álbum, inclusive em um dos maiores festivais do país, o The Town Festival?

Estou muito animado para The Town Festival, eu ainda não acredito que eu vou tocar lá.  Acho que eu só vou acreditar mesmo quando eu subir no palco porque, de longe,  vai ser o maior público que eu que eu vou tocar.  E eu acho que esse é um começo de uma nova fase da minha vida que vai ser muito da hora.  Pela primeira vez eu vou tocar em um festival grande e acredito que isso vai ser porta para outros festivais também. 

Inclusive, até festivais fora do país e tudo mais, então, eu estou muito animado. Principalmente, por estar fazendo isso do lado de uma pessoa que eu gosto muito também que é o Clean, um moleque super talentoso da Bahia, que além de ser um amigo pessoal, ele também é uma referência muito grande para mim. Eu estou muito feliz de poder estar tocando junto com ele nesse festival e também por ser a primeira vez do festival, né. Espero que seja apenas a porta para muitos outros. 

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