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Além do Quadradinho
Além do Quadradinho

Coletiva Rebu se prepara para brilhar no Carnaval

O que começou com foco no entretenimento se transformou em ideias de inclusão

Thaty Nardelli

29/01/2024 14h23

Foto: Lazaro Mendes/Divulgação

A Rebu, coletiva de pessoas LBT, surgiu em 2018 para promover a visibilidade e ocupação de espaços culturais por mulheres lésbicas, bissexuais, travestis, trans e pessoas não binárias, criada pela produtora cultural Dayse Hansa, e pelas DJs e produtoras Loly Alves e Rafa Ferrugem.

“Na verdade, Rebu era uma marca de festa que desde do início foi formada por lésbicas e para lésbicas, sempre uma preocupação muito grande, em trazer esse espaço seguro para nosso público, essa segurança de espaço acabou crescendo junto a legenda LGBTQUIAP+”, conta Dayse. “Hoje trabalhamos com foco em pessoas LBT (mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais). De uma festa virou um grande projeto inclusivo onde majoritariamente, desde a equipe aos artistas, são todos LBTs”, completa a produtora.

O que começou com foco no entretenimento se transformou em ideias de inclusão, que estão presentes desde as festas ao Bloco de Carnaval, um dos mais conhecidos do quadradinho, realizadas pela Coletiva Rebu, além de encontros, debates e atividades formativas que a Rebu desenvolve e compõe o movimento LGBTQIAP+ do DF, atuando sobretudo no campo artístico/cultural.

“Buscamos priorizar a acessibilidade, nos empenhamos em criar oportunidades inclusivas para artistas e profissionais da comunidade. Realizamos eventos significativos, não apenas na música, mas também como produtora cultural e promotora de eventos, como o nosso querido e prestigiado ‘Rebu, O Bloco’”, revela Loly.

Rebu, O Bloco

Destacando-se no calendário de eventos como o maior bloco lésbico de Carnaval da cidade — que inclusive no ano passado recebeu o prêmio #FoliaLimpaBsb —, este ano o trio prepara uma festa ainda maior, no dia 10 de fevereiro, no Circuito Brasília em Folia 2024, como parte do território da Plataforma da Diversidade – Carnaval de Todas as Cores, no Eixo Cultural Ibero-americano, a antiga Funarte. “O público pode esperar muita animação, muita paquera, muita música boa, segurança e respeito”, garante Loly.


Desde a segunda edição do Bloco Rebu, que anteriormente acontecia no Parque da Cidade, as produtoras criaram o que, “carinhosamente”, chamam de SAPABUS — um veículo que sai da rodoviária e leva os foliões até a festa. “Temos esta preocupação com a segurança da ida e volta em segurança de quem vai curtir o Bloco. Assim, criamos o SAPABUS, que também terá nesta edição”, assegura a DJ Loly.

Este ano, além do Trio Rebu, formado por Dayse, Loly e Rafa Ferrugem, o Bloco terá a presença da DJ Carol Costa. As organizadoras criaram um set com muita brasilidade, axé, tecnobrega, funk e até pisadinha para unir o público dançante do Bloco e a Banda Rebu, projeto da Coletiva, que convida artistas LBTs para elevar a festa para outro nível, com interpretações inéditas e cheias de energia.

“O repertório da Banda Rebu será uma celebração da diversidade, apresentando clássicos do axé e sucessos carnavalescos com uma abordagem fresca e autêntica. As integrantes da banda trazem suas experiências e identidades para criar performances vibrantes, transmitindo uma mensagem de alegria, aceitação e celebração da diversidade”, conta Rafa Ferrugem.

Após o Carnaval, a Coletiva Rebu prepara uma série de ações e eventos. “Passamos em dois editais do FAC, e vamos vir com tudo em 2024, com evento no mês da visibilidade lésbica, o REBU Clube, REBU LAB e o Festival REBU”, revela, animado, o trio.

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Coletiva Rebu | Dayse HansaLoly AlvesRafa Ferrugem

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