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Além do Quadradinho
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As várias facetas de Kika de Moraes

A múltipla artista apresenta, junto ao Coletivo Mulher do Mundo, o espetáculo “Re(Existência) – Varieté Festival Mulher do Mundo” nesta sexta

Thaty Nardelli

04/03/2024 15h57

Artista Kika de Moraes. Crédito: Divulgação

Crédito: Divulgação

Neste março, em que é celebrado e destacado a luta histórica das mulheres por seus direitos na sociedade, a Além do Quadradinho apresenta Kika de Moraes. Mãe, palhaça, circense, musicista, arte educadora e fisioterapeuta com foco em qualidade de vida e de movimento, ela traz consigo uma herança artística de família, iniciando sua jornada na cena cultural desde tenra idade.

“Desde os cinco anos, faço parte dessa trajetória, envolvendo-me em atividades circenses introduzidas pela minha família. Meu pai, um brincante acrobata, e minha mãe, que além de maternar também foi miss,  representam uma linhagem profundamente ligada à arte. É um privilégio ter nascido entre eles”, compartilha Kika.

Aos 16 anos, quando ainda morava no Novo Gama (GO), Kika teve seu primeiro divisor de águas profissional. Após passar no vestibular de Artes Cênicas na Universidade de Brasília (UnB), que na época passava por uma série de desafios grevistas, ela optou por buscar uma vaga na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Conversou com os diretores da época e, para sua felicidade, teve uma oportunidade única.

“Eu não tinha essa perspectiva de bancar uma faculdade particular. Então, a brecha para ingressar ali foi por meio da ‘maluqueragem’, da experiência artística e do conhecimento compartilhado. Foi uma humilde oferta do que eu sabia para obter algo que poderia beneficiar no meu crescimento”, recorda-se Kika. “Fui à coordenação e falei: ‘Olha, sou estudante, venho ali da UNB, quero ser artista e ter diploma. Sei fazer café, lidar com números, sou extremamente proativa. E aí fui direcionada para o acervo, onde havia muito a ser feito, e recebi uma bolsa”, relembra ela.

Hoje, com quase três décadas de vida, a artista acumula vários espetáculos pela capital e nacionalmente. “A faculdade abriu diversas portas para festivais, oportunidades e conferências. A partir disso, vieram a Cena Contemporânea, o Festival de Cinema, Festival de Palhaços e o Festival de Bonecos, nos quais fui ingressando como artista e aprendendo a navegar nesse mundo organizacional, com a base sólida da minha experiência em grandes picadeiros”, conta a artista.

“A Excêntrica Família Firula”

 

Durante suas passagens pelo palco, pela música, pelas salas de aulas e outros diversos picadeiros, Kika conheceu seu ex-companheiro, palhaço, multiartista e instrumentista Lucas Ferrari. Durante o tempo em que estiveram juntos,  receberam o maior presente: a adorável filha Linda Julieta Ferrari de Moraes.

O nascimento de Julieta intensificou o desejo de Kika em aprimorar os estudos. Desde a gestação, com um pai que compartilhava de sua paixão artística, ela reviveu suas memórias de infância em uma família de artistas. “Quis fundamentar essa conexão. Assim, criei o ‘Despertando os Sentidos’”, um programa composto por aulas lúdicas, com uma abordagem teatral, musical e cênica, além de foco no cuidado para com os neurotípicos”, explica Kika.

Artista Kika de Moraes. Crédito: arquivo pessoal.

Crédito: arquivo pessoal

Resistência Feminina

Logo, surgiu a “A Excêntrica Família Firula” como espetáculo e companhia. Inspirado nas brincadeiras do cotidiano e no faz-de-conta com a filha, carinhosamente conhecida como Linda Julieta, os espetáculos trazem ao público jogos musicais, percussão, acrobacias malucas e excêntricas letras.

“Foi uma grande celebração das cantigas de rodas, parlendas e lendas deliciosamente misturados com magia, muita música, feras peludas, histórias percussivas, alienígenas, acrobacias, minhocas dançarinas, uma bailarina e um palhaço”, celebra Kika.

Nesta sexta, Dia Internacional da Mulher (8/3), Kika apresentará, junto ao Coletivo Mulher do Mundo, o espetáculo “Re (Existência) – Varieté Festival Mulher do Mundo”, no Espaço Renato Russo, às 20h, para lembrar que resistir é o cotidiano das mulheres. Juntas, elas compartilharão em cena suas marcas, dores, angústias, e também a força e potência que seguem a mover tantas mulheres ao redor do mundo.

“É fundamental que as pessoas venham nos assistir, para que tenhamos a certeza de que nossa mensagem está sendo transmitida. Não apenas artistas apreciando o trabalho de outros artistas, mas também a comunidade, pois essa engrenagem só funciona plenamente com o público também, né?”, convida Kika. “Precisamos desse apoio, pois é essencial para os artistas e para o funcionamento desse ciclo que todos nós, artistas, buscamos”, ressalta a artista.

Para acompanhar mais sobre o trabalho da artista, visite suas redes sociais: Instagram

Clique aqui e saiba mais sobre o Espetáculo “Re (Existência) – Varieté Festival Mulher do Mundo”.

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