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Sem Firula

Rixa gaúcha

Arquivo Geral

10/12/2016 7h00

Atualizada 09/12/2016 11h52

O fim de semana vai ser importante, muito importante, para duas das maiores torcidas do país. E as duas, curiosamente, da mesma cidade. Quis o destino que, com o título definido a favor do Palmeiras, a 38ª rodada do Brasileiro deixasse Internacional e Grêmio ligados na competição como se estivessem jogando a vida nestes últimos jogos. E, sem exagero, pelo menos no caso do Colorado, não há qualquer exagero na afirmação. Na zona de rebaixamento, o Internacional precisa derrotar o Fluminense no Rio de Janeiro (não na cidade, mas na sua região metropolitana) e torcer para que o Sport tropece diante do já rebaixado Figueirense, em Recife, para escapar da degola – nem falo do Vitória porque aí a situação seria ainda mais complicada. O Grêmio, ainda festejando o título da Copa do Brasil, receberá o Botafogo para fazer mais uma festa, mas seus torcedores, certamente, estarão mais atentos à agonia do rival do que em seu time.

A possibilidade de queda do Internacional, por sinal, provoca situações curiosas nas chamadas redes sociais. Os torcedores do Internacional, por exemplo, decidiram viralizar vídeos em que “ensinam” os gremistas a festejar a conquista de um título importante – antes do triunfo diante do Atlético Mineiro, o Grêmio estava há 15 anos sem uma grande vitória nacional. E, querendo provocar ainda mais, acabaram dando um tiro no pé: nos mesmos vídeos perguntam aos gremistas como é estar “na segunda divisão”, “onde vocês já estiveram”. Tudo verdade. Só que o Grêmio saiu da Série B com uma vitória épica, em Recife (olha a capital pernambucana de novo envolvida no desespero gaúcho), sobre o Náutico. Resta saber até onde irão as provocações e o que efetivamente irá acontecer na tarde/noite de domingo em Porto Alegre.

Sem tapetão

O STJD decidiu arquivar o pedido do Internacional sobre a situação de Vitor Ramos no Vitória. O fato não impede que o Colorado continue sua luta na Justiça Desportiva, que deverá ganhar o reforço do Bahia (que ainda quer o título baiano desta temporada) e, quem sabe, do Sport (caso o rubro-negro pernambucano acabe caindo, dentro de campo, com a combinação de resultados da última rodada do Brasileiro). O que preocupa, muito, ao colunista, é a possibilidade de a briga jurídica sair da esfera esportiva e cair na Justiça Comum – o que, como todos sabem, é proibido pela Fifa. Esta possiblidade cria uma nuvem de incertezas não apenas em relação ao Brasileiro de 2017, como também em relação ao futebol nacional. Para que tudo se resolva sem maiores estragos a única saída seria o Vitória ser rebaixado dentro de campo, o que evitaria ações judiciais de quem quer que seja.

Fala muito…

Que ele está no seu direito, não há dúvida alguma. Afinal de contas, quando chegou, de volta, ao seu clube de origem, prometeu que seria campeão da Copa do Brasil. E foi. Mas que as declarações de Renato Gaúcho, ou Portaluppi como preferem os conterrâneos, apesar de bem humoradas ultrapassaram o limite, lá isso ultrapassaram. É claro que ele desabafava contra o reconhecido preconceito por parte da crônica e dos torcedores contra os chamados “treinadores boleiros”, mas não havia necessidade alguma de dizer que “quem sabe não precisa ir para a Europa para aprender”, em alfinetada tola contra colegas de profissão que buscam novos ensinamentos num futebol evidentemente mais desenvolvido do que o nosso, principalmente no aspecto tático.

Sem holofotes

Como o representante da América do Sul não é brasileiro, pouquíssima atenção está sendo dada ao Mundial de Clubes, que começou quinta-feira, no Japão. Por determinação do regulamento, o jogo de abertura reuniu o campeão da Oceania (o Auckland City, da Nova Zelândia) contra o campeão japonês (o Kashima Antlers). De virada o triunfo coube aos japoneses, que assim enfrentarão, agora, o Mamelodi Sundowns, campeão africana, neste domingo de manhã – mais cedo, ainda na madrugada, teremos o duelo entre o campeão da Concacaf (América do México) e o campeão asiático (Jeonbuk Motors). Certamente na próxima semana, quando entrarem em ação do Atlético Nacional, da Colômbia, e o Real Madrid, teremos mais notícias sobre o torneio, que a Fifa quer ampliar em futuro próximo – quem sabe até extinguindo a Copa das Confederações.

Dúvida

Por que São Paulo x Santa Cruz e Ponte Preta x Coritiba, jogos que não influenciarão em nada a classificação final do Brasileiro – retificando, para ficar bem claro: partidas que interessam apenas aos envolvidos, porque não há briga por vagas em nenhuma outra competição -, não puderam ser realizados hoje? O futebol brasileiro precisa sair da letargia que o acometeu com o acidente da Chapecoense e esta quebra seria importante para tal. Como, com a conquista do Grêmio na Copa do Brasil, o São Paulo já assegurou um lugar na Sul-Americana de 2017; o Santa Cruz já está rebaixado há tempos; e Coritiba e Ponte Preta não almejam nada mais (a Macaca também já está na Sul-Americana e o Coxa fica onde está e ponto final), poderíamos ter estas duas partidas hoje, sem problema algum.

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