O Castelão estava cheio.
Cheio, apenas, não lotado.
O que, por si só, chamava a atenção.
Em diversas outras partidas o Fortaleza lotara o estádio.
Como explicar, então, que com a vaga assegurada para a Série A, e podendo ser campeão por antecipação, o estádio não estivesse lotado?
Bem, o torcedor tem razões que a razão desconhece.
E, mesmo cheio, e com muitos torcedores do visitante CSA, o Castelão não comemorou o título antecipado do Leão do Pici.
Com sinceridade e sem ignorar a matemática, o título está apenas adiado.
Pode vir na próxima rodada, contra o Avaí, em Santa Catarina; ou na seguinte, diante do Juventude, de novo no Castelão – aí sim, espero, completamente lotado.
Mas, se a torcida do Fortaleza não pode ampliar seu sorriso, também não foi obrigada a chorar.
Imaginem como se sentiu a galera do Vila Nova, de Goiás.
Até algumas rodadas atrás, o alvirubro goiano estava lá em cima na classificação.
De repente, sofreu uma queda de rendimento.
Nesta terça-feira, levou um 5 a 0 do Brasil de Pelotas que, com sinceridade, foi de perder o rumo.
Foi parar em oitavo lugar, cinco pontos atrás do Avaí, que fecha o G-4.
Não vejo mais chances de o Vila Nova subir. Pelo menos não neste ano – e a matemática e o futebol poderão me contrariar, mas acho que não acontecerá.
Falando com extrema sinceridade, acho muito difícil que os quatro que estão nas primeiras colocações, hoje, percam seus lugares.
Apesar de o Londrina estar, realmente, em ascensão, vai ser muito complicado para o Tubarão tirar os três pontos de desvantagem com apenas nove pontos em jogo.
Até porque, não podemos esquecer, existem os chamados resultados combinados.
E tudo aponta, sim, para que Fortaleza, CSA, Goiás e Avaí, pela ordem os quatro primeiros colocados hoje, confirmem suas ascensões.
Risos e alegria.
Se olharmos para a parte de baixo…
O Sampaio Correia, campeão do Nordeste, deu adeus às suas chances ao ser derrotado pelo Goiás, segunda-feira.
Foi fazer companhia ao Boa Esporte, que há tempos já havia carimbado sua passagem para a Série C.
As outras duas vagas indesejadas estão apontadas para Juventude (principalmente) e Paysandu.
O já citado triunfo do Brasil e a vitória do CRB sobre o time de Caxias do Sul, numa daquelas partidas ditas de “seis pontos”, quase que definiram os outros rebaixados.
O Papão da Curuzu respira. E briga. Muito.
Prova disso foi o espetacular 4 a 3 que impôs ao Oeste, em Belém.
O Paysandu vai precisar, muito, dos resultados combinados – além de suas vitórias, é claro – para escapar do rebaixamento.
E evitar as lágrimas de seus fanáticos torcedores.