Criada pela Constituição de 1988, help a Câmara Legislativa do Distrito Federal deparou-se, buy information pills de saída, com um grandioso problema. Decorridos três anos da vigência da lei que lhe deu vida, nada fora feito pelo Governo do DF, a quem cabia a atribuição, para fazê-la funcionar, como estava determinado, a partir do dia primeiro de janeiro de 1991. Se os brasilienses lutaram tanto, fizeram tanta pressão para ter a sua representação política, exatamente quando elegiam os primeiros 24 deputados distritais, eles não tinham nem mesmo um prédio para trabalhar.
Críticas diárias à atitude do governador Joaquim Roriz rendiam manchetes e mais manchetes de jornais. O que havia, então, era só a solicitação de um projeto para a construção da futura Câmara Legislativa, feita ao arquiteto das principais construções de Brasília, Oscar Niemeyer, pelo antecessor do goiano Roriz, o mineiro José Aparecido de Oliveira. Porém, nem no papel a futura Câmara Legislativa surgiu.
Para complicar ainda mais a situação da primeira bancada brasiliense eleita pelo povo, Roriz não tomou conhecimento do pedido de Aparecido a Niemeyer e lançou um concurso público para a construção da sede da assembleia num terreno que não estava nem legalizado, na área reservada aos tribunais regionais. Com o tempo de instalação da “casa do povo candango” se aproximando e nada sendo feito para solucionar o problema, o jeito foi a própria bancada distrital se virar para arranjar um teto.
O problema ia além da falta de um local para que os distritais trabalhassem. Onde os deputados tomariam posse e de que maneira empossariam o primeiro governador eleito pelo povo candango? – Joaqim Roriz, antes no cargo, nomeado pelo então presidente da República José Sarney. Para concorrer ao GDF, Roriz desincompatibilizou-se e foi fazer a campanha eleitoral.
Regimento interno
O tempo passava, as respectivas posses se aproximavam e decisões precisavam ser votadas. Como a Câmara Legislativa do DF ainda não existia na prática, sua primeira bancada seguiu o regimento interno do Senado, adotado desde a primeira sessão, como o seu regimento provisório. Enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT) decidia-se, logo, pelo nome do deputado Pedro Celso para disputar o comando da Mesa Diretora da primeira legislatura candanga, o grupo que havia apoiado Joaquim Roriz discutia, negociava. Até que se chegou a uma definição por Salviano Guimarães, nascido em uma tradicional família de políticos goianos e que, entre outras experiências, já fizera parte de máquinas administrativas de governos anteriores do Distrito Federal, como administrador de Planaltina.
Depois de definido o candidato situacionista, chegou-se, então, ao momento de eleger o primeiro presidente da Casa. “Para um candidato sair eleito como primeiro presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ele precisaria conseguir colocar no placar de votação o escore de 13 x 11. Este era o número de parlamentares que, respectivamente, formaram a coligação que elegera o governador Joaquim Roriz e o da sua oposição”, relembra o primeiro presidente da Assembleia Legislativa do DF, Salviano Guimarães. Hoje, ele reside no Lago Norte e está afastado da vida pública, mas seu nome está inscrito na história do Legislativo da capital da República.