A participação feminina aumentou na Câmara Legislativa do DF. Na próxima legislatura, serão cinco deputadas na Casa. As estreantes Telma Ruffino (PPL) e Sandra Faraj (PSD) se juntam à veterana Luzia de Paula (PEN), que assumiu mandato nesta legislatura na condição de suplente, e às deputadas distritais reeleitas Celina Leão (PDT) e Liliane Roriz (PRTB).
A nova bancada feminina deve se reunir em breve para definir as prioridades dos próximos quatro anos e definir quem ocupará a Procuradoria Especial da Mulher na Casa, proposta pela suplente de deputada Rejane Pitanga (PT) e aprovada dois anos atrás. Dentre as atribuições do órgão está a de receber, examinar e encaminhar às autoridades competentes denúncias de violência e discriminação contra a mulher e atuar na fiscalização de políticas públicas que visem a igualdade de gênero.
“Vamos nos sentar para definir projetos prioritários para a causa feminina”, sugere Celina Leão, reeleita para mais um mandato. Com o aumento da bancada, ela diz esperar que melhorem as políticas públicas para as mulheres “e que tenha mais dotação orçamentária”.
Vaidade
“Não sou lady, princesinha”, dispara, emendando que, embora o cuidado com a aparência faça parte do universo feminino, ela está mesmo preocupada é com o conteúdo. Característica que todas as eleitas e reeleitas compartilham. “Cada uma tem um status político conquistado. Não caiu do céu”, diz.
A vaidade, é facilmente conciliada com a rotina, apesar da simplicidade de Celina, que é comumente vista de tênis e até de botinas. “Algumas vezes, estou um pouco mais arrumada, porque o ambiente pede, mas eu priorizo conforto”, resume ela, que, no primeiro ano de mandato, era considerada musa. “Depois, eu virei leão”, brinca, fazendo trocadilho com o sobrenome.
Por uma Procuradoria atuante
Prestes a entrar no segundo mandato, Liliane Roriz carrega no nome o peso de uma história política tradicional no DF: é a filha mais nova do ex-governador Joaquim Roriz (PSC).
Liliane diz ter ótimas expectativas para o próximo mandato, com o reforço na bancada. “Eu acredito que agora vamos poder trabalhar realmente pelas causas da mulher. Principalmente com o combate à violência, que é uma coisa que me preocupa muito”, explica.
Liliane diz que é preciso “fazer uma ligação” com o Ministério Público, por meio da Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, para uma atuação mais eficiente.
A filha mais nova do clã Roriz diz esperar que a Procuradoria da Mulher tenha uma atuação mais efetiva na Casa, já que não houve tempo hábil para ações em defesa da mulher nesta legislatura, conforme pontua.
E destaca o perfil das colegas eleitas: “As deputadas escolhidas pelo povo já têm representação na cidade e são conhecidas pelos trabalhos que desenvolvem”.