Na tarde desta segunda-feira (25), o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou em coletiva de imprensa o lançamento do Plano Nacional de Crescimento Verde (PNCV), que será apresentada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) “Nós temos o estoque de recursos naturais mais preservados do mundo”, disse.
“Somos uma potência verde e agora vamos levar para fora o Programa de Crescimento Verde. Não é possível que o Brasil seja tratado como o vilão da poluição internacional. Quando pegamos os fluxos de poluição, o Brasil tem 1,7%, a Europa tem 15%, os Estados Unidos têm 15% e a China tem 30%. Como pode o país que menos polui ser o mais agredido internacionalmente”, protestou Guedes.
A iniciativa tem recursos do Banco dos Brics para projetos de conservação ambiental, além do uso racional de recursos naturais e geração de empregos considerados “verdes”.
Segundo Guedes, as iniciativas do plano irão levar o mercado de capitais ao campo. “Todas as propriedades rurais vão ser reavaliadas, vão ter cotas e vão poder receber aportes. O pequeno capital vai estar protegido e integrado ao mercado financeiro”, continuou.
Para o projeto, o governo terá um comitê de dez ministros para coordenar as ações para chegar a neutralidade do carbono até 2050. Também serão debatidas pelo conselho soluções ambientais que se relacionam com a produção, infraestrutura, economia e relações exteriores.
O plano federal tem seis principais segmentos, sendo a energia renovável, agricultura sustentável, indústria de baixa emissão, saneamento básico, tratamento de resíduos e ecoturismo.
Somando os recursos do Banco dos Brics, da Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão R$ 240 bilhões para financiar os projetos do plano.