A Polícia Federal realiza, nesta sexta-feira (18), uma operação que apura desvio de valores em diversos órgãos. Entre eles, está a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).
É a terceira fase da operação Circuito Fechado. São cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 25 de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Além da Caesb, são alvos da operação as seguintes empresas:
- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes);
- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf);
- Prodemge, uma empresa de tecnologia da informação do governo de Minas Gerais, são alvos da operação.
A suspeita é de que cinco processos de licitação terminaram em desvio de R$ 11,8 milhões dos órgãos. As fraudes teriam ocorrido por meio de 13 contratos firmados com duas empresas envolvidas no esquema.
O grupo suspeito das fraudes cooptava servidores públicos, que, por sua vez, criavam demandas falsas para contratação de softwares. Em seguida, as empresas participantes do esquema eram indicadas para serem contratadas
A operação tem por objetivo colher provas e dar prosseguimento às investigações. Além dos mandados, a Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 20 milhões das contas dos investigados.
Os envolvidos poderão ser condenados pelos crimes de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, falsificação de documento particular e corrupção ativa e passiva. As penas podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
Até a última atualização desta matéria, a Caesb e as demais empresas não haviam se pronunciado.