A estudante Sarah Silva Ferreira denunciou que estava em um bar, com a irmã e uma amiga, quando um funcionário chegou na mesa, a ofendeu e começou a gargalhar.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil de Goiânia-GO, nessa quarta-feira (3), o caso ocorreu no Buteko do Chaguinha.
“Ele me disse: ‘Vim conferir para ver se era gente mesmo ou uma raposa na sua cabeça”. Depois, começou a gargalhar”, relatou a jovem ao Portal G1.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, muitos clientes perguntaram se havia ocorrido algo errado, já que Sarah pediu a conta e saiu do bar pouco tempo após chegar. Conversando com outras pessoas, a estudante foi informada que casos assim já ocorreram antes no estabelecimento.
Segundo a jovem, o episódio ocorreu no sábado (31). No mesmo dia, ela relatou o que havia passado em uma rede social.
“Eu não vou prender o meu cabelo ou tentar me embranquecer”, escreveu Sarah na publicação.
Várias pessoas se solidarizaram com a estudante e, até as 18h desta quarta-feira (4), a postagem já contava com mais de 1,5 mil comentários.
Na tarde de quarta-feira (4), a jovem e alguns amigos foram até a porta do bar e repudiaram o ato de injúria racial.
Nota do Buteko do Chaguinha
Sobre o incidente que ocorreu no dia 31/10/2020, o Buteko do Chaguinha vem em nota oficial se manifestar para afastar qualquer mal entendido e afirmar que é veementemente contra todos os tipos de discriminação e, especialmente, contra a discriminação racial, repudiando atos desta natureza.
É necessário esclarecer que, a despeito das recentes manifestações nas redes sociais, tomamos verdadeiras e constantes ações pela inclusão e igualdade social, em todos os níveis. Temos um quadro de funcionários diverso e inclusivo em todas as nossas três unidades.
Contamos com mulheres e negros em cargos de gerência e na gestão de pessoas. Em nossos salões atendem em todos os turnos garçons e garçonetes com diferentes cores de pele, crenças religiosas e condição social. Nossos clientes são igualmente recebidos e bem tratados durante os quase 50 anos de existência do Buteko do Chaguinha.