A Polícia Federal investiga um grupo suspeito de falsificar a cachaça da marca Havana, em Belo Horizonte-MG. Após três meses de apuração, agentes foram às ruas para cumprir três mandados de prisão em um galpão no bairro Caiçara.
De acordo com as investigações, o grupo usava um depósito para fabricar, armazenar e distribuir a cachaça para todo o estado sem controle sanitário algum. Os suspeitos adulteravam até a tampa das garrafas para ludibriar o consumidor, que pensava estar comprando o produto original.
“A tampa dá a impressão de estar enferrujada. Na verdade ela é colocada numa solução de ácido, ou em sal de cozinha, durante um tempo para enferrujar. Isso é feito com a intenção de enganar o comprador, fazendo-o crer que se trata de Havana Velha”, diz um relatório feito pela empresa Havana e obtido pela TV Globo.
Segundo a empresa, a falsificação é clara. A garrafa original, quando sacudida, forma um rosário; a falsificada, não. “A legítima não apresenta nenhum tipo de impureza junto com o líquido, […] o que não acontece com a falsificada”, afirma.
Os suspeitos podem ser denunciados pelo crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios. A pena varia de 4 a 8 anos de reclusão e multa.