O presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta quarta-feira, 26, pelas redes sociais, sobre o vídeo que foi disparado pelo seu celular, via aplicativo WhatsApp, convocando apoiadores a uma rua no dia 15 de março para defendê-lo. Sem citar o vídeo, Bolsonaro diz que “troca mensagens de cunho pessoal, de forma reservada”. “Qualquer ilusão para esse contexto são tentativas de tumulto na República”, afirmou no texto.
Tenho 35Mi de seguidores em minhas mídias sociais, c/ notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 26, 2020
Bolsonaro destacou a quantidade de seguidores. Na última segunda (24), o presidente chegou a 10 milhões de curtidas em sua página oficial do Facebook. Na noite de domingo (23), Bolsonaro agradeceu aos seguidores. “Domingo, 21:55, acabamos de atingir 10 milhões de curtidas no Facebook. Muito obrigado a todos vocês pelo apoio e pela confiança. O Brasil é nosso! Valeu, pessoal!”
O presidente já havia batido este número no Instagram. Lá, Bolsonaro tem 15,1 milhões de seguidores. Já no Twitter o número é menor: são 5,9 milhões.
“Tentativas rasteiras”
Bolsonaro chamou de “tentativas rasteiras de tumultuar a República” as interpretações sobre ele ter compartilhado um vídeo em apoio a atos contra o Congresso.
Celso de Mello
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, falou sobre o caso. Mello não opinou se Bolsonaro está ou não contra o congresso, mas acredita que “se confirmada”, revela “um rosto sombrio de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional”.
Mello disse ainda que estar contra o Congresso seria uma atitude de um chefe de Executivo que “ignora o sentido fundamental da separação de Poderes, que demonstra uma visita indigna de quem não é a altura máxima do carregamento de cargas que exerce e representa o ato de inequação hostilidade aos demais Poderes da República traduz gesto de omissão de desagregação inaceitável do princípio democrático”, concluiu.
Com agências