A Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) questionou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a respeito da situação de Cleomar Marques Filgueira. Cleomar pediu benefício ao órgão, mas recebeu uma negativa.
Cleomar é moradora de Porto Velho-RO e teve os quatro membros amputados após uma infecção generalizada. A família já solicitou ao INSS o Benefício de Prestação Continuada (BPC), mas teve o pedido negado por três vezes porque, segundo o instituto, o valor exigido foi acima do permitido (R$ 259 por cada membro da família).
Em uma das solicitações, quando foi pessoalmente à unidade do INSS, Cleomar afirma ter sido destratada por uma funcionária.
“Uma servidora puxou os papéis e perguntou quem iria assinar. Eu disse que não podia assinar, mas minha filha ou minha mãe poderiam. A mulher disse que não vale, riscou o papel e jogou fora”, conta Cleomar.
Questionado pelo blog Vencer Limites, do Estadão, sobre o caso, o INSS respondeu que “não são verdadeiras as afirmações de que o INSS negou benefício à senhora Cleomar Marques Filgueira por falta de assinatura”, diz o Instituto. “O real motivo da negativa de benefício foi a renda familiar da requerente ser superior ao determinado por lei para a obtenção desse benefício assistencial, conforme informações constantes do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.”