Da redação
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A morte da estudante Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, vítima de bala perdida no Complexo do Alemão no dia 20 de setembro, foi causada por um policial. O projétil que atingiu a menina partiu da arma de um cabo da Polícia Militar.
Um relatório do Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE), entregue à Delegacia de Homicídios (DH), apontou que um fragmento da bala encontrada no corpo de Ágatha tinha resquícios idênticos à do cano do fuzil usado pelo PM. O projétil atingiu, na verdade, um poste, e um estilhaço dele causou a morte da criança.
A informação está no inquérito da Polícia Civil sobre o caso. O documento, que deve ser enviado à Justiça nesta terça-feira (19), foi obtido pelo jornal Extra. Nele, a Civil conclui que houve um “erro de execução” do policial militar, que quis dar um “tiro de advertência” para parar dois homens que estavam em uma moto e passaram direto em uma blitz.
Testemunhas relataram que o policial havia perdido um amigo três dias antes, o que lhe deixou sob forte tensão. O homem que estava na garupa da moto tinha uma esquadria de alumínio na mão, e o PM teria confundido com uma arma.
Histórico
A menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, morreu depois de ter sido baleada quando viajava com a mãe, Vanessa Sales, em uma Kombi, na comunidade Fazendinha, no Complexo do Alemão, na noite do dia 20 de setembro.
Ágatha foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento no Alemão, de onde foi transferida para o Hospital Getúlio Vargas, onde chegou a ser operada durante cinco horas, mas não resistiu.
A Polícia Militar diz que houve confronto entre policiais e traficantes. Entretanto, os familiares de Ágatha e o motorista da Kombi afirmam que não houve tiroteio.
Com informações da Agência Brasil