Da Redação
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Alvo de críticas dentro das quatro linhas, o Cruzeiro passa por uma imensa crise fora delas, e se vê diante de um caso de polícia.
A diretoria celeste está sendo investigada por práticas ilícitas como falsificação de documentos e falsidade ideológica, além da venda de atletas para um empresário, o que é proibido pela Fifa desde 2015, como forma como forma de pagamento de dívidas.
Em reportagem exibida no Fantástico, na noite desse domingo (26/05), o Cruzeiro cedeu direitos de 20% dos jogadores Alejandro, Marco Antônio, Cacá, Júlio César Pereira, Vitinho, Gabriel Brazão e David, além de 5% do atacante Raniel e 7% do zagueiro Murilo ao empresário Cristiano Richard dos Santos Machado para quitar uma dívida de 2 milhões.
O empresário não é legalizado junto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e a Fifa permite que vículos de jogadores devem ser feitas apenas entre clubes ou por eles próprios, sem envolvimento de empresas.
A situação complica mais quando outro garoto, Estevão, de apenas 11 anos, também consta na lista. De acordo com a Lei Pelé, que prevê o primeiro contrato profissional a partir dos 16 anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente também não permite tal transação.
Outras acusações
Além do acerto da dívida, o Cruzeiro está sendo investigado por mentir no balanço financeiro do ano passado, quando inseriu a venda do meia Arrascaeta, quando o próprio, só foi negociado no começo de 2019.
O vice-presidente Itair Machado, além do diretor-geral, Sergio Nonato são investigados por receber bichos e premiações, além de organizar pagamentos a pessoas ligadas a Torcida Organizada do clube. Indícios apontam que Itair autorizou seu próprio aumento salarial três vezes.
Em nota, a agremiação explicou que as denuncias são motivadas por derrotados na última eleição presidencial.
“Lamento que ainda não tenha acabado para alguns indivíduos”.
O Cruzeiro está próximo da zona de rebaixamento do Brasileirão conta com uma dívida de R$ 520 milhões.