O presidente do Flamengo entregará o cargo no fim deste ano.
Seu mandato termina e ele, vejam só, é candidato a deputado federal. Pelo Rio de Janeiro.
Então, sempre que possível, atualmente, vem jogando para a galera.
Principalmente os rubro-negros, é claro.
Só isso explica o demagógico ataque que fez ao treinador da seleção brasileira após a convocação para os dois amistosos do mês que vem, nos Estados Unidos, contra El Salvador e os donos da casa.
Antes de continuar, o colunista faz questão de abrir um parênteses: considero que Tite não deveria chamar nenhum jogador que atua no Brasil, visto estarmos em fase decisiva da Copa do Brasil, da Libertadores e da Sul-Americana – sem contar que o Brasileiro está pegando fogo, para usar uma expressão antiga.
Feito o adendo do escriba…
Pois bem…
Tite convocou Everton, do Grêmio (que luta no Brasileiro e na Libertadores); Fagner, do Corinthians (está também na semifinal da Copa do Brasil), Pedro, do Fluminense (o tricolor carioca briga desesperadamente para não entrar no Z-4 do Brasileiro), Dedé, do Cruzeiro (também envolvido em múltiplas competições) e Hugo e Paquetá, do Flamengo (sim, envolvido em três frentes como já citado aqui).
Então…
O cartola flamenguista decidiu atacar Tite pela convocação de Paquetá.
Em seu delírio demagógico afirma que não vai liberar o jogador para a seleção, que é um absurdo desfalcar os times para jogos sem expressão e outros devaneios.
Como o colunista já escreveu, sim, os jogadores não deveriam ser convocados neste momento.
Tem muita gente jogando no exterior – alguns até estiveram, sabe-se lá a razão (talvez Tite consiga explicar), na Copa do Mundo.
Por que, então, não poderiam jogar contra El Salvador e Estados Unidos?
O que chama mais a atenção nos protestos do cartola (e não vi reclamações de Fluminense, Grêmio, Corinthians ou Cruzeiro) e que ele não reclama da estranha convocação do seu goleiro sub-20, Hugo.
Claro, dirão os leitores, que não há protesto porque Hugo não é titular da equipe.
Pode até ser, mas todos sabemos como uma convocação para a seleção rende frutos para clube e empresário, não é mesmo (vejam que estou sendo gentil e não cito dirigentes ou outros envolvidos no negócio)?
Até mesmo Paquetá, agora convocado, terá seu passe (perdoem o uso de termos antigos, mas o faço para facilitar o entendimento) valorizado – e, com isso, mais grana para o Flamengo e também para ajudar nas contas do clube, grande folhetim de campanha da atual diretoria.
Seria interessante que o cartola mor do Flamengo se preocupasse mais com seu clube e menos em atirar demagogias, lembrando que esta mesma CBF que ele critica foi aquela que o convidou para chefiar uma delegação do Brasil em outros amistosos também inexpressivos.
Em branco
Cristiano Ronaldo estreou, oficialmente, ontem, na Juventus.
O time de Turim ganhou, apertado, do Chievo (3 a 2).
CR7 não marcou. E quase atrapalhou seu time, se intrometendo numa jogada que resultou em gol, mas acabou anulado por sua participação.
A atuação não merece elogios, mas estreia é sempre estreia.
Os tifosi (torcedores) da Juventus alimentam, fortemente, o sonho de ver seu time voltar a dominar a Europa, agora sob a batuta do português.
Ponto a ponto
Flamengo, vice-líder do Brasileiro com 37 pontos ganhos, enfrenta o Atlético Paranaense (que está no Z-4), em Curitiba, às 11h.
Internacional, terceiro colocado com 35 pontos ganhos, recebe o lanterna Paraná, no mesmo horário, em Porto Alegre.
À noite, 19h, o São Paulo, líder com 38 pontos ganhos, terá pela frente a Chapecoense, no Morumbi.
Dependendo da combinação de resultados, os três poderão mudar totalmente de posições neste domingo.
O Brasileiro, apesar de tudo, tem emoções a oferecer.