As autoridades de combate ao terrorismo nos Estados Unidos da América (EUA) pediram explicações da fabricante de automóveis Toyota sobre a razão pela qual os militantes do grupo Estado Islâmico estão dirigindo centenas, se não milhares, de carros da empresa, em geral o modelo Hilux da cor branca.
“A Toyota Hilux carregada de armas e com caçambas cheias de terroristas se tornou marca nos vídeos da campanha do grupo na Síria, Líbia e Iraque”, apontou a rede de TV norte-americana ABC.
Os vídeos têm funcionado como propaganda de recrutamento. Milhares de norte-americanos e europeus têm viajado para o Oriente Médio para se juntar ao Estado Islâmico.
A empresa se pronunciou afirmando que não sabe ainda como os extremistas têm conseguido adquirir os veículos e tem colaborado com o Departamento de Investigação sobre Financiamento ao Terrorismo dos EUA.
Made in USA
Por outro lado, a comunidade internacional tem pressionado os EUA para regular a exportação de armas para países em conflito. O site noticioso AlterNet aponta que o Estado Islâmico, ao começar sua invasão ao norte do Iraque desde junho deste ano, captou U$ 25 bilhões de armas norte-americanas enviadas, desde 2003, ao exército iraquiano desmotivado e despreparado.
O caso remete à polêmica invasão iraquiana ordenada pela administração de George W. Bush motivada pela investigação que apontava Saddam Hussein, então ditador do Iraque, como detentor de armas de destruição em massa. A informação nunca foi confirmada.
Desde então, o governo dos EUA gasta bilhões de dólares de impostos dos seus cidadãos, anualmente, para manter a ofensiva no país.
