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Histórias da Bola
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O time do postal

Arquivo Geral

17/12/2017 12h55

Em 1970, era vendido nas bancas de revistas de Belo Horizonte um cartão postal com o time do Cruzeiro. Não era costume fazer-se aquilo. Esta coluna está pesquisando se foi o primeiro, mas já viu uma foto do time do Vasco da Gama dos tempos do “Expresso da Vitória”, de 1950, mais ou menos, que não deu para identificar se foi transformada em postal, ou o editor do livro fez isso, muitas décadas depois. Enfim, estamos na luta.

Depois do Cruzeiro, vários outros clubes brasileiros foram expostos em cartões postais, como o mesmo Vasco da Gama, quando campeão da Taça Libertadores-1998, o Internacional, e até a Seleção Brasileira. Colecionadores encontram, sempre, ofertas pelos saites de vendas.

Sobre o postal do Cruzeiro Esporte Clube, há um detalhe: dos 11 atletas posados, quatro ainda estão no grupo dos que mais atuaram pelo clube – Zé Carlos (619); Dirceu Lopes (601); Wilson Piazza (556) e Raul (549). Dificilmente, eles serão ultrapassados, devido a altíssima rotatividade dos atletas de hoje. Os sete restantes daquele time – os laterais Wanderley (526) e Pedro Paulo (393) são sexto e 15º, respectivamente. Tostão (373) é o 18º e Natal (245) o 44º– figuram entre os 20 mais escalados. Há, ainda, os zagueiros Fontana e Mário Tito, respectivamente, com 158 e 64 partidas, e o ponteiro-esquerdo Rodrigues, com 172. O líder da estatística cruzeirense, hoje, é o goleiro Fabio, que já tem 741 partidas.

Encerrado o ciclo do maravilhoso time pentacampeão mineiro, o grupo que o sucedeu teve o atacante Eduardo Amorim disputando 544 partidas e ficando como o quinto mais + mais raposeiro. Ele representa uma fase em que o Cruzeiro passou a ter muito mais compromissos, já que não excursionava ao exterior e nem disputava competições internacionais, até a décadas-1960.

Mais três jogadores desse novo período completam os 11 mais gritados pela torcida cruzeirense: Joãozinho (João Soares Almeida Filho), extraordinário ponta-esquerda driblador, que explodiu a partir da metade de década-1970, com 471 apresentações; Ademir Roque Kaefler, apoiador gaúcho, com 440, e Ricardinho, (Ricardo Alexandre Santos), totalizando 415. O 11º é o zagueiro Vavá, que participou do grupo do penta.

Embora Tostão, o maior ítolo do “time do postal” fique com a modestas 13º posição no ranking dos mais atuantes, ele é o maior goleador da história cruzeirense, com com 242 tentos, seguido pelo colega de época Dirceu Lopes, com 223. Zé Carlos, que atuava pela meia, mas podia ser volante, também, fica em 20º, mandando 83 bolas às redes, enquanto Natal está em 25º com 71. De sua parte, Rodrigues não aparece na relação dos que saíram para o abraço acima dos 50 vezes .

Da turma da sucessão-década-1970, Palhinha (Vanderley Eustáquio Oliveira) aparece com 145 tentos, em sétimo do ranking. Marcou menos do que Niginho (Leonízio Fantoni), com 207, entre 1929 e 1947; Bengala (Ítalo Frattesi) , 168 gols, de 1927 a 1939; Marcelo Ramos, 162, entre 1995 a 2003, e Ninão (João Fantoni), 156, de 1923 a 1938.

Vale ressaltar que entre os seus artilheirs com mais de 50 gols, há uma cria do futebol brasiliense, Edmr Bernardes Santos, com 55, entre 1980 a 1983.

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