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Brasília

Denúncias ultrapassariam as fronteiras do DF

Arquivo Geral

22/07/2016 7h18

Atualizada 21/07/2016 23h21

Josemar Gonçalves

Munido de informações determinantes, o deputado distrital Wasny de Roure (PT) deu o tom dos trabalhos da CPI da Saúde, ontem, na Câmara Legislativa. De forma séria, questionou, conseguiu as declarações mais polêmicas e exigiu até objetividade nos depoimentos. “Nós temos que adentrar aos fatos”, explicou, no fim da sessão. “Temos um problemão para o Distrito Federal”, cravou. A tentativa de desqualificar a presidente do Sindsaúde-DF, Marli Rodrigues, é um erro do governo Rollemberg. “O que a Marli trouxe aqui é uma situação de gravidade, que pode estar não só permeando o Distrito Federal, mas outros estados. Este assunto não é mais matéria apenas o Distrito Federal, mas tema nacional”, disparou, com notável indignação, no fim dos trabalhos.

Um dia feliz
Antes de toda a tensão iniciar na Câmara Legislativa, os deputados Raimundo Ribeiro (PPS) e Julio Cesar Ribeiro (PRB) comemoravam “um dia feliz”. É que ontem Ribeiro completava 38 anos de casado, “no dia do aniversário do Fluminense”. E Ribeiro pesou 99kg. “Fazia muito tempo que eu não via dois dígitos na balança”, comemorou o líder do governo, que está de dieta há algum tempo.

De Pernambuco para o olho do furacão
Relator da CPI da Saúde, o deputado Lira (PHS) repetiu mais de uma vez que interrompera a viagem de férias ao interior do Pernambuco para vir para a sessão que ouviu Marli Rodrigues e Renato Santana. Foi por este motivo que ele se disse frustrado com a fala da sindicalista e, nas palavras dele, com a falta de provas das denúncias de que haveria um esquema de distribuição de propina na Secretaria de Saúde do DF.

O grito da despedida
Foi preciso o presidente da CPI, Wellington Luiz (PMDB), interpelar o governista Roosevelt Vilela (PSB) durante o depoimento de Marli. “A senhora nunca esteve preocupada com a saúde; a senhora está preocupada com o poder”, disparou o defensor de Rollemberg na comissão. O peemedebista interveio, exigiu respeito e pôs fim aos gritos do suplente do secretário Joe Valle (PDT), que já adiantou ontem: deve ficar só mais uma semana na Casa.

Ligados no Zap
Um grupo no Whatsapp intitulado “Crise da Saúde” reúne membros do Palácio do Buriti, notadamente da área de comunicação do governo, e foi atualizado em tempo real ontem do plenário da Câmara Legislativa.

Chopp
Depois de um dia bastante “agitado”, o governador Rodrigo Rollemberg foi tomar um chopp no fim do dia. Isso mesmo. Na Quinta Cultural, o socialista aproveitou para espairecer com o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Social Joe Valle, o subsecretário de Trabalho, Thiago Jarjour, o subsecretário de Turismo e presidente regional do PSB, Jaime Recena, e o administrador de Brasília, Marcos Pacco. Entre um gole e outro, Pacco defendeu o subsecretário de Logística e Infraestrutura de Saúde, Marcello Nóbrega. Classificando como “espuma” a denúncia de Marli Rodrigues, ele declarou que Nóbrega está mexendo com vespeiros.

Versão oficial
Em meio ao turbilhão da denúncia do suposto esquema de propina do GDF nasceu uma lenda urbana. Marcello Nóbrega teria sido motorista da primeira dama, Márcia Rollemberg. O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, decidiu desmentir esta versão. “Isso é mentira. Marcello não foi motorista da primeira dama. Eles trabalharam juntos no Ministério da Cultura e no Iphan”, afirmou. Bem, então agora existe uma versão oficial para a história.

Alívio
O TCDF liberou a contratação emergencial para os serviços de vigilância do GDF. Os auditores liberam sob uma condição: o GDF deve fazer mudanças no projeto básico e na planilha de custos e formação de preços do edital.

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