Um soldado americano decidiu processar a produção de Guerra ao Terror, um dos favoritos ao Oscar, por acreditar que o filme se baseou em suas atividades no Iraque sem dar crédito.
Guerra ao Terror, que conta o trabalho do soldado William James como desativador de bombas no Iraque, foi indicado ao Oscar em nove categorias, entre elas a de melhor filme.
O roteiro do filme, dirigido por Kathryn Bigelow, utilizou o relato do jornalista Mark Boal, que percorreu algumas regiões do Iraque com uma unidade do Exército americano. O testemunho foi publicado pela revista Playboy nos Estados Unidos.
Geoffrey Fieger, advogado do sargento Jeffrey Saarver, disse hoje ao canal CNN que, na verdade, o filme narra a história de seu cliente.
“Literalmente transferiram sua vida ao filme e depois afirmaram que era ficção. A única ficção foi assegurar que se tratou de uma obra de ficção”, afirmou Fieger.
O advogado revelou que o objetivo do processo é que o nome de Jeffrey Saarver apareça no crédito e que seu cliente obtenha também uma compensação financeira.
“Queremos que o filme tenha sucesso, porque isso ajuda nos interesses do meu cliente”, explicou.
A empresa produtora, Summit Entertainment, reiterou hoje que o filme é “um relato de ficção sobre o que os valentes homens e mulheres fazem no campo de batalha”.
É o segundo problema que Guerra ao Terror enfrenta em menos de dois dias. Ontem, a Academia de Hollywood anunciou que proibirá o acesso à festa do Oscar do produtor Nicolas Chartier, que violou as regras da premiação ao pedir votos para o filme.