Este é o encontro de dois músicos que dedicaram toda a carreira à música instrumental brasileira, dois violonistas que atuaram em palcos bem distantes nas duas últimas décadas, Bosco no Brasil, Latif na Europa, cada um seguindo uma trajetória, ambos têm formação acadêmica em violão erudito. Nelson Latif encontrou no choro sua principal referência, Bosco Oliveira, na música flamenca.
Nelson Latif – violão de 7 cordas e cavaquinho, e Bosco Oliveira – violão, se apresentam dia 07 de novembro, a partir das 20h30, pelo projeto Quinta Mais C’est si Bon, o show intitulado “Violão Brasileiro”. Nele, o duo faz um tributo aos grandes violonistas brasileiros. No programa, temas de Dilermando Reis, Baden Powell, Garoto, João Pernambuco, além de clássicos do repertório instrumental brasileiro, traduzidos para as cordas de Latif e Bosco, com arranjos próprio, especialmente elaborados para esta formação.
Violonista e cavaquinista, Nelson Latif é fruto da boa safra de músicos paulistanos da década de 80. Com formação musical em jazz e choro, atua nos principais palcos brasileiros e europeus.
Nelson Latif une os fundamentos da música clássica às diversas tendências musicais assimiladas ao longo da carreira. No fraseado melódico, linhas de forte influência jazzística executadas ora no ritmo sincopado e alegre do choro, ora com a precisão e o vigor do flamenco produzem um estilo singular, marca inconfundível do artista. Com vasta experiência profissional, Latif já participou dos grupos Quarteto Paulista (SP), Trio Remelexo (Portugal). Em 1989, Nelson Latif radicou-se em Amsterdã, Holanda, quando foi membro do time de professores da Uit de Kunst, instituição divulgadora da cultura estrangeira no país, e trabalhou com diversos artistas, entre eles os saxofonistas Michael Moore e Paul Stocker, as cantoras Joseé Koning e Estrella Acosta, e o cantor Kim Jun. Também acompanhou nesse período os músicos brasileiros Mestre Marçal, Alcir da Mangueira, Marçal do Olodum e Lílian Vieira e os grupos Raíces de América e Fuzuê. Participou de diversos festivais de jazz e world music, tais como o holandês North Sea Jazz Festival, o belga Sfinks Festival, o austríaco Sun Splash Festival e os Festivais de Jazz de Istambul, Lisboa e Jacarta. Na década de 90, começou a se apresentar também com o cavaquinho, instrumento que o caracteriza desde então. Nelson Latif é também sociólogo, formado pela Universidade de São Paulo.
Já Bosco Oliveira, é Bacharel em Violão Clássico pela UnB e professor efetivo do Centro de Ensino Profissional – Escola de Musica de Brasília, começou seus estudos ainda quando criança. Em 1985, foi vencedor do 1o Concurso Nacional de Jovens Instrumentistas, obtendo o primeiro lugar. Desde então, começou à fazer vários concertos na cidade e continuou participando ativamente de vários concursos violonísticos nacionais, tendo sido premiado em 1987, pelo Centro Musical Villa-Lobos – Vitória (ES), como Melhor Intérprete de Villa-Lobos. Bastante requisitado para gravações e estúdio, Bosco Oliveira é atuante no cenário musical da cidade e participa do Trio Barú, levando a musica brasileira para diversos países, entre ele, Venezuela, Estados Unidos e Holanda.

