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Viva

Protagonista de "The Milk of Sorrow" descobriu cinema há apenas 5 anos

Arquivo Geral

18/02/2010 9h31

A protagonista do filme peruano indicado ao Oscar The Milk of Sorrow, Magaly Solier, de 23 anos, conheceu o cinema há apenas cinco anos, antes de atuar em seu primeiro filme, e desde então decolou em uma carreira meteórica na sétima arte.

Em entrevista coletiva com a imprensa estrangeira, Solier lembrou hoje que a cineasta Claudia Llosa a levou pela primeira vez a uma sala de cinema em Lima antes de gravar com ela sua estreia Madeinusa (2005). Até então, a atriz “não conhecia absolutamente nada do que é a atuação”.

Llosa a conheceu em um parque de Ayacucho, quando Solier vendia comida para pagar as passagens de uma viagem escolar a Machu Picchu, e perguntou-lhe se queria atuar em um filme.

A resposta de Solier foi simples: “sim, por que não?”. Um ano depois foi convocada a um elenco para iniciar a rodagem de “Madeinusa”, que recreia os costumes pagãos de um povo andino na Semana Santa.

Solier, uma jovem nascida na região andina de Ayacucho, confessou que em Madeinusa não sabia como preparar um personagem, mas que depois, em The Milk of Sorrow (2009) teve seis meses para preparar a protagonista “Fausta”.

Entre os dois filmes, ela atuou em Planalto, dirigido pelo belga Peter Bronsens, estreado no ano passado e premiado em um festival de Bangcoc. Depois de The Milk of Sorrow filmou Amador, do espanhol Fernando León de Aranoa, ainda não estreado.

Para preparar sua personagem no filme indicado ao Oscar, a atriz relatou que caminhava sozinha de noite por sua casa de campo em Huanta (Ayacucho), uma zona rural muito distante da cidade.

“Saía de noite descalça para sentir dor nos pés e fingir que essa dor estava na parte íntima do personagem”, que tem um trauma pela violação sofrida pela mãe durante sua gravidez, na época do terrorismo no Peru.

Além disso, Solier conversou com 3 ou 4 amigas que foram vítimas de abuso sexual em Ayacucho e que deram longos testemunhos.

Ela destacou a coragem da diretora Claudia Llosa para pôr na mesa “temas que ninguém quer falar”, como os efeitos do terrorismo na população mais vulnerável: mulheres e crianças.

A artista viajará para Los Angeles para a cerimônia de premiação provavelmente em 5 de março com o objetivo de participar dos eventos prévios. Segundo ela, uma empresa de cosméticos doou quatro passagens aéreas para que a equipe do filme comparecesse à cerimônia.

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