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Viva

No batuque acelerado da Nação Zumbi

Arquivo Geral

21/03/2012 7h20

 

 

A banda pernambucana Nação Zumbi, junta ou separada, não para de trabalhar. A “grife” Zumbi – que se apresenta gratuitamente em Brasília,  domingo, na Festa das Águas, na Torre de TV – virou sinônimo de vanguarda e bom gosto. Até a estrela Marisa Monte caiu nas graças dos pernambucanos, colocando Pupillo, Dengue e Lúcio Maia para darem cor aos recém-lançados CD e DVD O Que Você Quer Saber de Verdade. A sintonia foi tão grande que o trio já recebeu convite para tocar na próxima turnê da cantora carioca.

 

Aquela antena fincada no mangue de antigamente, símbolo de um movimento que hoje é objeto de estudo acadêmico, está mais para uma banda larga sem limites. “A gente nunca havia pensado em ser ‘músico’, tocar com outras pessoas. Nosso universo era nossa banda. Vendo hoje o que a gente fez com a Nação e fora dela, eu fico espantado”, diz o baixista Dengue, integrante de vários dos projetos paralelos do grupo, como o 3 na Massa e o Sonantes.

 

Incorporar as ideias quase sempre roqueiras dos rapazes também virou desejo de quem faz cinema. E os principais atingidos são o vocalista Jorge Du Peixe e o guitarrista Lúcio Maia, responsáveis pelas trilhas de Amarelo Manga, de Claudio Assis, e Linha de Passe, de Walter Salles. Com o recente A Febre do Rato, também de Assis, Du Peixe foi premiado no Festival de Paulínia. Para ele, sair do espectro da Nação só traz bons frutos para o grupo. “Ao convidar um músico para um outro projeto, você o coloca numa situação diferente, sai da zona de conforto; são vivências importantes, traz descobertas”, defende o frontman do combo recifense.

 

O caso de Pupillo é interessante. Além de baterista requisitado, como se vê no novo trabalho da cantora Céu, ele é produtor de mão cheia de artistas como Otto, Cibelle e o grupo Mombojó. Quase sempre no estúdio, não deixa de se aventurar pelo palco, como fez na turnê com o Almaz, grupo que montou com Seu Jorge, o colega de banda Lúcio Maia e o “trilheiro” Antonio Pinto.

 

O quarteto criativo da Nação evita recorrer a conceitos estéticos para explicar tamanha procura. Apostam num misto de amizades com competência. “Eu curto tocar guitarra e gosto das pessoas”, diz Maia, o único que configurou uma estruturada carreira solo, com o terceiro disco a caminho.

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