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Mel Gibson repete outros personagens em "O fim da escuridão"

Arquivo Geral

26/02/2010 13h36

Com O fim da escuridão, Mel Gibson retorna aos papéis violentos e justiceiros que tanto sucesso lhe deram no passado, mas desta vez o faz com uma atuação medíocre no qual nem os atores coadjuvantes conseguem se encontrar nos papeis que interpretam.

O fim da escuridão, dirigido por Martin Campbell, é a adaptação para o cinema da uma minissérie britânica de grande êxito nos anos 80 que conta a investigação iniciada por um veterano Polícia de Boston, Thomas Craven (Gibson), para esclarecer quem e por que matou sua filha Emma (Bojana Novakovic).

Um encapuzado dispara aparentemente contra Gibson, mas quem recebe o disparo é sua filha, que morre nos braços do pai sem ter tempo de contar a ele um segredo.

A partir daí, Gibson desenvolve um personagem que às vezes parece o detetive Martin Riggs de Máquina Mortífera, em outros momentos o louco Jerry Fletcher de Teoria da Conspiração (1997) e, ainda, o pai desesperado de O Preço de um Resgate (1996), mas com menos força e agilidade.

Os poucos registros do ator australiano ficam ainda mais evidentes nas cenas que divide com Ray Winston.

Nem Winston, nem Danny Huston, tampouco Denis Ou’Hare conseguiram imprimir uma mínima credibilidade à história.

Provavelmente, comprimir seis capítulos de televisão em menos de duas horas é um problema difícil de resolver, mas levando em consideração que O fim da escuridão se reduz a uma única história principal e linear, sem ramificações, não é compreensível que o diretor se perca em detalhes que não contribuem em nada para a narração.

O diretor não é um iniciante. São de Campbell filmes como A máscara do Zorro (1998), Limite Vertical (2000) e Cassino Royale (2006).

É na parte principal do filme, na investigação, que Campbell naufraga. Coincidências inverossímeis permitem a Gibson entender um complexo político e empresarial que se transforma em uma nova teoria da conspiração dessas que os americanos tanto gostam.

Um filme que não será o retorno de Gibson a uma carreira um pouco abandonada nos últimos anos e cujo último êxito remonta a 2002, com Sinais.

O filme está em cartaz hoje na Espanha, estreia em 4 de março na Argentina e a partir de abril no restante da América Latina.

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