Menu
Viva

Longa local de ficção científica Branco Sai, Preto Fica foi aplaudido de pé

Arquivo Geral

22/09/2014 9h32

Filmes chocantes, instigantes e com críticas que ferem o ego da sociedade. O quarto dia da Mostra Competitiva, no último sábado, trouxe para o 47º Festival de Brasília do Cinema Brasília três produções marcantes, todas aplaudidas com alvoroço pela plateia que lotava o Cine Brasília (106/107 Sul). 

A animação gaúcha Castillo y el Armado mostra, com traços bem marcados em preto e branco, a relação de Ruben Castillo, um jovem estivador, e sua vara de pescar. A obra impressiona por sua qualidade técnica. A ficção maranhense Nua Por Dentro do Couro faz uma crítica a sociedade por meio da história de vizinhos nada convencionais. No meio de um emaranhado de relações esquisitas, uma estranha mulher, interpretada pela ótima Gilda Nomacce (Trabalhar Cansa), chama a atenção ao nos revelar um pouco do seu mundo perturbador.

Futurística

Branco Sai, Preto Fica, do goiano radicado em Ceilândia Adirley Queirós (A Cidade é uma Só?), tem como mérito subverter os rótulos documentário e ficção. Surpreende o espectador, que nem imagina estar diante de uma ficção científica. Numa Brasília do futuro, onde é necessário um passaporte para entrar. Na cena inicial, vemos o cadeirante Marquim ligar o microfone de sua rádio pirata e narrar, com riqueza de detalhes, o que seria uma típica noite no Quarentão, conhecido baile black ceilandense da década de 1980, que culminaria com uma intervenção policial que marcaria a vida dos personagens para sempre.

“Quis mostrar o que essa cidade era, o que ela se tornou. A repressão nos bailes negros, a intolerância policial, o preconceito. E como tudo isso abalou e transformou a vida daquelas pessoas”, disse Adirley ao subir ao palco. Ao final da sessão, o filme foi aplaudido de pé pelo público.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado