Rosane Amaral
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A diversidade de instrumentos e passos que compõem a dança flamenca estão presentes também em sua origem fortemente influenciada por tradições ciganas, passando por costumes de povos árabes e judeus. O estilo se tornou um dos maiores representantes da cultura espanhola e se espalhou pelo mundo como símbolo de versatilidade na dança e de sensualidade. Em Brasília, um grupo que se destaca quando o assunto é o flamenco é o Capricho Espanhol, que apresenta amanhã o espetáculo Los Jueves Flamencos, no Instituto Cervantes (707/907 Sul), às 20h.
Com 20 anos de trajetória, o Capricho Espanhol começou formado basicamente por alunos e hoje é composto por profissionais especializados na Espanha. A montagem que será apresentada hoje à noite pretende reproduzir o flamenco em sua essência, com o clima do tablao – local onde as apresentações aconteciam em 1960 – e a diversidade de adereços que vão das castanholas ao figurino típico. “Além de trabalhar com instrumentos, também é preciso ser musicista e saber sapateado”, conta a diretora e fundadora do grupo, Patrícia Weingril.
Para Patrícia, o que torna a dança flamenca especial em relação às demais é que, mais do técnica e sonoridade, ela envolve sentimentos. “Não é só colocar uma flor no cabelo e uma roupa vermelha. Tem muita emoção e intensidade envolvida”, diz a dançarina.
Patrícia conta que o interesse do público pela dança flamenca tem crescido e, mais do que conhecer os passos, as pessoas também querem saber sua história. “Há 20 anos, quando comecei, a ideia era deturpada. Hoje o público já sabe o que é flamenco e o que não é”, analisa.
Ela garante que qualquer um pode aprender, desde que se empenhe. “As pessoas dizem que é difícil, mas não é. Basta se dedicar e querer conhecer”, conclui Patrícia.