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EUA lamentam libertação de Roman Polanski

Arquivo Geral

12/07/2010 18h01

O Governo dos Estados Unidos expressou hoje sua “decepção” com a decisão da Suíça de não extraditar o cineasta franco-polonês Roman Polanski, rejeitou os argumentos do país europeu e anunciou que seguirá buscando “justiça” neste caso.

“Estamos decepcionados”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, em sua entrevista coletiva diária. Segundo ele, os EUA consideram que “a violação de uma menina de 13 anos por um adulto é um crime” e, por isso, seguirão “buscando que se faça justiça neste caso”.

A Suíça rejeitou extraditar o cineasta aos EUA – onde ele é acusado de ter mantido relações sexuais com uma menor há 33 anos – por falta de provas conclusivas sobre o processo judicial ocorrido em 1977.

Polanski chegou anos depois a um acordo econômico com a jovem e sua família, quem retirou todas as acusações e se pronunciou publicamente pelo arquivamento definitivo do caso. No entanto, os juízes americanos consideram que o crime não prescreveu e deve ser julgado pelo mesmo.

A ministra de Justiça da Suíça, Eveline Widmer-Schlumpf, explicou que as autoridades do país pediram informações complementares sobre o processo ao qual foi submetido Polanski em Los Angeles quando ocorreram os fatos. O pedido, contudo, foi rejeitado pelos EUA, que alegaram confidencialidade do processo.

As autoridades suíças pediram às americanas, no último dia 3 de março, um documento judicial no qual, supostamente, o juiz encarregado pelo caso assegurava às partes que, com a pena de 42 dias de reclusão na divisão psiquiátrica de uma prisão californiana, a condenação contra Polanski ficava quitada.

EUA rejeitaram hoje os argumentos da ministra suíça, ao afirmar que “uma menina de 13 anos foi drogada e violada por um adulto. Isto não é coisa de tecnicismos”.

“Avaliaremos a base (legal) sobre a qual foi tomada essa decisão. Estamos decepcionados. Quanto a nossos próximos passos, isto é um assunto que (o Departamento de) Justiça está revisando atualmente”, disse Crowley, quem não quis comentar se a medida tomada pela Suíça poderia afetar a relação bilateral entre os dois países.

Polanski foi detido no dia 26 de setembro do ano passado, em Zurique, onde tinha ido para receber uma homenagem. No dia 4 de dezembro, foi libertado ao pagar uma fiança e ficou em prisão domiciliar em um chalé na Suíça, onde permaneceu até agora.

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