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Especial Oscar 2010: Duelo de ex-casal marca disputa por Melhor Diretor no Oscar

Arquivo Geral

05/03/2010 12h07

A disputa pela estatueta de Melhor Diretor na 82ª edição do Oscar tem como favoritos James Cameron, por Avatar, e Kathryn Bigelow, com Guerra ao Terror, cineastas que foram casados entre 1989 e 1991.

Além disso, correm por fora Quentin Tarantino, por Bastardos Inglórios, Lee Daniels, com Preciosa – Uma História de Esperança, e Jason Reitman, diretor de Amor Sem Escalas.

JAMES CAMERON BRIGA PELO SEGUNDO OSCAR COMO DIRETOR.

Na noite de 24 de março de 1998, James Cameron deixou a cerimônia do Oscar como “o rei do mundo”. Não era para menos. Titanic tinha conquistado 11 estatuetas, entre elas as de Melhor Filme e Melhor Diretor, enquanto o filme seguia caminho para se transformar na maior arrecadação da história, um título que perdeu apenas para Avatar.

Com o novo filme, Cameron ultrapassou a barreira dos US$ 2,4 bilhões no mundo todo, e já planeja uma segunda parte.

O cineasta levou em janeiro o Globo de Ouro de melhor diretor, e foi indicado em diversos prêmios de sociedades de críticos dos Estados Unidos, embora quase sempre a vitória tenha ficado com Bigelow.

O principal mérito do cineasta foi a paciência para levantar um projeto multimilionário – alguns dizem que o mais caro da história – que permitisse que os extraterrestres do filme, os Na’vi, fossem mais do que realistas, algo possível agora graças à evolução dos computadores, à ‘motion capture’ (captura de movimento) com tomadas de atores reais e a animação tradicional à mão.

KATHRYN BIGELOW QUER FAZER HISTÓRIA.

Bigelow é a sétima mulher na briga pelo Oscar de Melhor Diretor. Antes dela, brigaram pela estatueta Lina Wertmuller, por Pasqualino Sete Belezas, Randa Haines, por Filhos do Silêncio, Barbra Streisand, por O Príncipe das Marés, Jane Campion, por O Piano, Sofia Coppola, por Encontros e Desencontros, e Valerie Faris, por Pequena Miss Sunshine. Nenhuma ganhou.

A ex-mulher de James Cameron conseguiu com Guerra ao Terror seu maior sucesso artístico, o que não se repetiu no lado comercial, já que outros trabalhos como Caçadores de Emoção (1991), com Keanu Reeves e Patrick Swayze, tiveram uma arrecadação muito maior que os US$ 13 milhões que seu filme mais recente abocanhou até agora em território americano.

Já na disputa direta com o ex-marido, Bigelow tem levado a melhor, e já recebeu as estatuetas de Melhor Direção da Academia de Cinema e Televisão britânica (Bafta), dos Sindicatos de Produtores e Diretores dos EUA e do Critic’s Choice, a maior associação americana de críticos.

Além disso, conquistou o prêmio das associações de críticos de Austin, Boston, Chicago, Nova York, Kansas City, Las Vegas, Los Angeles, San Francisco e Santa Bárbara.

QUENTIN TARANTINO TENTA SURPREENDER.

Tarantino conseguiu uma indicação a Melhor Diretor em 1994, por Pulp Fiction – Tempo de Violência, e apesar de não ter sido vitorioso na categoria, levou a estatueta de Roteiro Original, prêmio que dividiu com Roger Avary.

Desta vez, com Bastardos Inglórios, volta a concorrer nessas duas categorias, mas a sensação é de que seria a terceira opção para o prêmio de direção. Em seu trabalho como diretor, apenas os críticos de Phoenix e San Diego o elegeram como o melhor do ano.

LEE DANIELS, O SEGUNDO NEGRO CANDIDATO A MELHOR DIRETOR.

Apenas John Singleton, por Os Donos da Rua, tinha conseguido até agora. E Daniels já fez história anteriormente, ao ser o primeiro negro a receber uma indicação ao prêmio do Sindicato de Diretores dos EUA.

Além disso, Preciosa – Uma História de Esperança, trabalho que o levou a ser o segundo negro da história a brigar pelo Oscar de Melhor Diretor, levou o Prêmio do Público do Festival de Toronto, e o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio do Público do Festival de Sundance de 2009.

Este é o segundo trabalho de Daniels como diretor, depois de Matadores de Aluguel (2005), estrelado por Cuba Gooding Jr. e Helen Mirren.

JASON REITMAN, O ALUNO QUE SUPERA O MESTRE.

O canadense Jason Reitman já é figura certa na cerimônia de entrega do Oscar. Com Juno, sua segunda obra, já chegou a um lugar onde seu pai, o também cineasta Ivan Reitman, nunca esteve: a lista de indicados à estatueta de Melhor Diretor.

Amor Sem Escalas consagra o jovem Reitman como um dos grandes talentos da comédia social.

No Oscar, Reitman concorre em duas categorias, e tem mais chances de levar a estatueta de Roteiro Adaptado, ao lado de Sheldon Turner.

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