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Viva

Ecco recebe duas exposições individuais

Arquivo Geral

10/01/2011 12h44

O Espaço Cultural Contemporâneo (Ecco) abre a temporada de exposições com duas mostras individuais nesta quarta-feira (12). A Galeria I recebe Vida Acolchoada, com 24 pinturas da artista plástica Aline Ogliari, e o fotógrafo sueco Gustav Liliequist expõe uma série de fotografias em Adaptação, na Galeria II.

 

Brasiliense, Aline criou uma técnica própria para produzir suas obras, que tem como elementos criadores o tecido e o isopor, ao invés das tintas tradicionais. “Eu já trabalhava com o tecido e, um dia, tive um insight a partir de um bolinha de enfeite de Natal e comecei a trabalhar com o isopor”, conta a artista. Uma das referências em sua obra é o trabalho do pintor, fotógrafo e desenhista paulistano Vik Muniz, radicado em Nova York, que também faz uso de materiais inusitados para compor suas telas, como chocolate e geléia.

 

Entre as obras expostas estarão retratos de amigos, familiares e de ídolos da música popular brasileira, como Vinícius de Moraes e Noel Rosa. “Sempre trabalhei com fotografias de rostos e pessoas, desde o início da faculdade, então, continuei com a mesma temática. Fiz experiência com paisagens e animais, mas não me gostei muito”, revela. Vida Acolchoada é o resultado do projeto de conclusão do curso de Artes Plásticas que Aline apresenta à banca examinadora até o final deste mês, na Universidade de Brasília.

 

Em Adaptação, o fotógrafo Gustav Liliequist apresenta uma série com 20 fotografias que trabalham a relação entre o nato e o adquirido. “Trabalho com a temática de até que ponto o ser humano se transforma, até que ponto você é produto do ambiente no qual está inserido”, explica o sueco, radicado no Brasil desde 2005.

 

Todas as fotos foram tiradas em Brasília e reúnem num mesmo plano uma figura feminina com o rosto encoberto por uma máscara de animal e um elemento arquitetônico distinto. “A mulher ressalta essa parte da natureza, que representa o nato, aquilo com o qual você nasceu. Com uma máscara você pode se adaptar ou aumentar a distância entre você e o ambiente”, observa o fotógrafo.

 

Formado em Relações Internacionais, Liliequist morou em vários países em função da profissão e estas mudanças constantes de cidade também serviram de inspiração para as fotografias. “Meu trabalho tem esse tom de mistério. Nada é algo totalmente claro e eu gosto disso. A interpretação fica por conta de cada visitante”.

 

A curadoria das duas exposições é de Karla Osorio Netto. A abertura acontece nesta quarta-feira, às 19h30 e as obras seguem expostas para visitação até 20 de fevereiro, com entrada franca.

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