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Documentário conta história do Clube do Choro

Arquivo Geral

10/02/2012 16h13

Foto: divulgaçãoA história da construção de Brasília costuma abordar aspectos ambientais, arquitetônicos, administrativos e de diversidade cultural. O que poucos sabem é que, paralelamente à criação da nova capital do País, começa também a disseminação do chorinho como estilo musical na região. Para mostrar que as cordas do cavaquinho, o som da flauta e a sofisticação do pandeiro também fazem parte dos brasilienses, os jornalistas Felipe Linhares, Márcia Fernandes e Vicente Melo produziram o documentário “A alegria do Choro – A História do Clube do Choro de Brasília”.
      
     

O roteiro trata da história da criação do Clube do Choro contada por aqueles que participaram ativamente do início das rodas musicais, influenciadas, principalmente, pelos cariocas que vieram para a construção da Capital Federal. Na lista de entrevistados estão Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro, Nilo Costa, Antônio Lício, Hamilton de Holanda, Odete Ernest Dias, Armandinho Macedo e Fernando César – este último, atual coordenador da Escola de Choro.
      
     

“Brasília nasceu ao som do Choro. Dilermando Reis [conhecido violonista de repercussão internacional], quando contratado por Juscelino [Kubitscheck], veio para cá e Brasília foi construída ao som das valsas e choro tocados e cantados por ele. Hoje, a cidade virou um centro de referência do choro”, afirma o jornalista Luis Nassif no vídeo.
      
     

A partir das lembranças dos entrevistados, é possível entender a despretensão com que o Clube foi criado e a forma como evoluiu. Junto com a ideia dos encontros musicais, também cresceu a empatia dos brasilienses e candangos pelo estilo, que hoje atrai jovens, adultos e antigos amantes dos bandolins.
      
     

O trabalho é fruto de uma pesquisa para conclusão de curso e foi realizado em 2008. Este mês, o trio disponibilizou o resultado das gravações em um site na internet, onde pode ser acessado pelo público.
      
     

Clube do Choro – As primeiras reuniões onde o choro foi a peça principal ocorreram na sala do apartamento da flautista Odete Ernest Dias. Com a movimentação, viu-se a necessidade de um espaço próprio para os encontros. O grupo de amigos pediu e o governador da época, Elmo Serejo Farias, consentiu que o vestiário do Centro de Convenções Ulysses Guimarães se tornasse palco das animadas rodas musicais. Desta forma, em 1977, o Clube do Choro teve pela primeira vez um espaço físico cativo para disseminar e divertir aqueles que apreciavam o estilo.
      
     

O lugar cedido foi palco para mais de 2,5 mil apresentações até o fim do ano passado. Na comemoração dos 33 anos do Clube do Choro, as atividades ganharam uma nova estrutura e mais reconhecimento. Por meio de um esforço conjunto entre os músicos, administradores de projetos e a Secretaria de Cultura do DF, foi erguido um novo prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, inaugurado em novembro passado.
      
     

O espaço tem dois mil metros quadrados, onde funciona o Café-Concerto, agora ampliado para 420 lugares, a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, com capacidade para mil alunos, e o futuro Centro de Memória e Referência do Choro, sob supervisão da Universidade de Brasília (UnB).

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